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Anthony Garotinho afirma que
Renan "atenta contra a democracia"

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) já tem problemas suficientes nesta altura do campeonato para se preocupar com o fogo amigo, mas chama atenção a notinha abaixo, do blog de Anthony Garotinho, correligionário do presidente do Senado. Com amigos assim, deve ser realmente dura a luta de Calheiros pela absolvição no Conselho de Ética. A sorte do senador alagoano é a fraqueza política de Garotinho no Senado. Na Câmara, o ex-governador do Rio ainda tem lá os seus votinhos...
Eis a nota do blog de Garotinho:

Cresce bloco anti Renan no Senado

O acordão que o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) está costurando no Senado para se livrar do processo no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro é um verdadeiro atentado contra a democracia. Renan passou o fim de semana oferecendo a seguinte alternativa: se a perícia em seus documentos comprovar a autenticidade dos papéis apresentados em sua defesa, o processo pára e a vida segue como antes.

Quando na verdade, o Presidente do Senado tinha que ter a grandeza para renunciar ao cargo, a fim de evitar maiores constrangimentos. As pessoas passam e os cargos permanecem.

Mas não. Renan insiste em cair lutando. Convencido de que conseguirá enganar a todos. O povo brasileiro assiste a tudo, cético.

O caso envolvendo o senador alagoano despertou a ira de um bloco partidário. O que era uma luta isolada do PSOL, virou alvo de outras duas legendas. Agora, o PV e o PPS engrossam as manifestações contra Renan.

Os partidos já se articulam para levar o processo adiante no Senado, no Congresso, no Supremo e, por fim, no Ministério Público.

A idéia é questionar a legitimidade do Presidente do Senado, abalada com a suspeita da apresentação de documentos falsos ao Conselho de Ética da Casa.

O que se espera do Congresso é uma postura de firmeza neste episódio, considerado por todos como emblemático. O Congresso, que amarga uma das piores fases de sua história em se tratando de imagem junto ao povo brasileiro, tem a oportunidade única de mostrar para a sociedade que ninguém está acima do bem ou do mal.

Mesmo os que, aparentemente, à primeira vista, parecem intocáveis.

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