Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisa Engrácia Garcia, discorda um pouco das análises que este blog tem apresentado sobre o caso de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula. No comentário a seguir, Rodini escreve sobre o episódio e lembra que não se deve dar um salvo-conduto a Vavá por sua simplicidade.
Semana passada, o Brasil teve acesso às conversas, gravadas pela Polícia Federal, do irmão presidencial, o Vavá.
O vocabulário parco e aos solavancos me intrigaram:.ao palavreado chulo, todos fomos apresentados quando dos últimos escândalos. O mano de Lula parece uma pessoa simples, talvez encantado com o fato de possuir algum tipo de intimidade com o Poder. Os novos amigos conversavam ao telefone com muita proximidade, confiando que Vavá pudesse contornar alguns problemas. Um deles imaginava ter imunidade, caso seu nome fosse filtrado nos eventuais grampos.
E Vavá passa, de uma hora para outra, a ser considerado simplório, "incapaz de fazer lobby", segundo o próprio Presidente.
Eu, quando ouvia esta expressão – " simplório " – lembrava-me instantaneamente de Jeca Tatu, eterno personagem de Monteiro Lobato, e principalmente dele, Mané Garrincha, eterna lembrança do povo brasileiro.
E Vavá, quem não se lembra, o grande substituto de Pelé, na Copa de 1962 que tabelou com o simplório Garrincha pelas alamedas dos estádios chilenos e nos deu o bicampeonato Mundial?
Hoje, quando leio sobre os papos de Mané, sua simplicidade, sua ingenuidade.. .e seu brutal talento, não consigo me convencer da "simploriedade" de quem quer que seja. Claro que sempre se deve dar todo direito de defesa a quem estiver sendo acusado, o que não se pode é fazer vistas grossas porque o envolvido priva de conversas fraternas com nosso presidente desde sempre ou porque ele é simplório, porque teve pouco estudo.
Garrincha foi maltratado pela vida, talvez porque tenha sido simplório demais. Mas este sabia driblar quantos Joões tivesse pela frente. Nosso ídolo das pernas tortas esteve muito pouco na escola e, mesmo assim, foi um gênio.
Vavá deve ser julgado pelos atos e pelos deslizes que, eventualmente, tenha cometido. Ser simplório ou ingênuo, ser servo ou irmão não pode servir de salvo-conduto. Menos, companheiros, menos!
Semana passada, o Brasil teve acesso às conversas, gravadas pela Polícia Federal, do irmão presidencial, o Vavá.
O vocabulário parco e aos solavancos me intrigaram:.ao palavreado chulo, todos fomos apresentados quando dos últimos escândalos. O mano de Lula parece uma pessoa simples, talvez encantado com o fato de possuir algum tipo de intimidade com o Poder. Os novos amigos conversavam ao telefone com muita proximidade, confiando que Vavá pudesse contornar alguns problemas. Um deles imaginava ter imunidade, caso seu nome fosse filtrado nos eventuais grampos.
E Vavá passa, de uma hora para outra, a ser considerado simplório, "incapaz de fazer lobby", segundo o próprio Presidente.
Eu, quando ouvia esta expressão – " simplório " – lembrava-me instantaneamente de Jeca Tatu, eterno personagem de Monteiro Lobato, e principalmente dele, Mané Garrincha, eterna lembrança do povo brasileiro.
E Vavá, quem não se lembra, o grande substituto de Pelé, na Copa de 1962 que tabelou com o simplório Garrincha pelas alamedas dos estádios chilenos e nos deu o bicampeonato Mundial?
Hoje, quando leio sobre os papos de Mané, sua simplicidade, sua ingenuidade.. .e seu brutal talento, não consigo me convencer da "simploriedade" de quem quer que seja. Claro que sempre se deve dar todo direito de defesa a quem estiver sendo acusado, o que não se pode é fazer vistas grossas porque o envolvido priva de conversas fraternas com nosso presidente desde sempre ou porque ele é simplório, porque teve pouco estudo.
Garrincha foi maltratado pela vida, talvez porque tenha sido simplório demais. Mas este sabia driblar quantos Joões tivesse pela frente. Nosso ídolo das pernas tortas esteve muito pouco na escola e, mesmo assim, foi um gênio.
Vavá deve ser julgado pelos atos e pelos deslizes que, eventualmente, tenha cometido. Ser simplório ou ingênuo, ser servo ou irmão não pode servir de salvo-conduto. Menos, companheiros, menos!
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