Está havendo muita confusão nas interpretações em torno da renúncia de Sibá Machado à presidência do Conselho de Ética. Alguns analistas acham que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) poderia se favorecer da confusão criada com a saída de Sibá, que impediria a votação, hoje, do relatório do senador Epitácio Cafeteira (DEM-MA). Este tipo de análise até faria sentido se o objetivo primeiro de Renan fosse mesmo postergar a votação, mas o fato é que a estratégia inicial era votar o relatório e encerrar a questão nesta quarta-feira. Uma segunda estratégia de Renan realmente é postergar o seu processo, de preferência para mais de 90 dias, talvez na esperança de que algum novo escândalo faça a sociedade minimizar o anterior. Do ponto de vista de Renan, porém, este adiamento precisa ocorrer com algum aliado na presidência e relatoria do Conselho de Ética. A saída de Sibá deixa a presidência interinamente sob comando do DEM e não é certo que Calheiros consiga eleger em nome de sua preferência para a vaga. Já se fala em Jarbas Vasconcelos e Jefferson Péres para a presidência do Conselho, o que seria de fato o pior dos mundos para Calheiros. Nesta quarta-feira, muita coisa vai ficar mais clara a respeito de toda a confusão que cercou a saída de Sibá. A hipótese deste blog continua sendo a de que Renan mais perdeu do que ganhou com toda esta confusão no Conselho.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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