Os estudantes da USP decidiram desocupar a reitoria e encerrar o vitorioso movimento iniciado dia 3 de maio. Em pouco mais de um mês, eles conseguiram duas coisas excepcionais: em primeiro lugar, dobraram a teimosia do governador José Serra (PSDB), que acabou recuando em sua sanha centralizadora e doravante terá que respeitar a autonomia universitária; e em segundo lugar, muito mais importante, conseguiram acender uma chama no movimento estudantil que há muito tinha se apagado. E sem o cabresto de partidos políticos, da UNE ou do DCE. Não é pouca coisa...
Do ponto de vista do governador José Serra (PSDB), a desocupação não deixa de ser um alívio, pois ele estava sendo cada vez mais pressionado a mandar baixar o sarrafo nos estudantes – basta ler o blog do jornalista Reinaldo Azevedo para medir o tamanho da raiva da direita babona com os manifestantes. O desgaste para Serra, porém, vai continuar. A secretaria de Ensino Superior passou a ser um cabide de emprego de luxo para José Aristodemo Pinotti, uma vez que ele perdeu toda a sua força política ao longo do processo – nem sequer participou das negociações com os estudantes. E o movimento estudantil em ofensiva certamente continará a série de atos em curso, que incluem as ocupações na Unicamp e na Unesp, para constranger o governador e forçá-lo a revogar de vez os decretos intervencionistas do início do ano.
Do ponto de vista do governador José Serra (PSDB), a desocupação não deixa de ser um alívio, pois ele estava sendo cada vez mais pressionado a mandar baixar o sarrafo nos estudantes – basta ler o blog do jornalista Reinaldo Azevedo para medir o tamanho da raiva da direita babona com os manifestantes. O desgaste para Serra, porém, vai continuar. A secretaria de Ensino Superior passou a ser um cabide de emprego de luxo para José Aristodemo Pinotti, uma vez que ele perdeu toda a sua força política ao longo do processo – nem sequer participou das negociações com os estudantes. E o movimento estudantil em ofensiva certamente continará a série de atos em curso, que incluem as ocupações na Unicamp e na Unesp, para constranger o governador e forçá-lo a revogar de vez os decretos intervencionistas do início do ano.
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