Foi um lance arriscado a entrega das gravações, pelo advogado de Mônica Veloso, contendo uma conversa dela com o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, em que ficaria claro a dificuldade de Renan Calheiros (PMDB-AL) para pagar a pensão para a filha que o presidente do Senado teve com a jornalista. O problema é que a gravação foi realizada sem o consentimento de Gontijo, secretamente, e é portanto um indício de que Mônica estaria reunindo material para chantagear Renan.
No fundo, ainda há muita coisa nebulosa neste caso. Jasson Oliveira, atento leitor deste blog, lembra que Mônica Veloso afirmou ter guardado muitos documentos e gravado conversas com Calheiros. Ela também teria dito que recebia a pensão em espécie, algumas vezes em envelopes com a estampa da Mendes Júnior. Ora, até o presente momento, ela não apresentou os tais envelopes, que seriam provas materiais bastante fortes em um processo judicial. Teria a ciosa jornalista jogado fora o que de melhor tinha para provar a vinculação de sua pensão com a Mendes Júnior?
Por outro lado, Carlos Brickman, colunista do Observatório da Imprensa, observa que a imprensa tenta provar a um só tempo que Renan Calheiros enriqueceu muito durante os anos em que exerceu mandatos parlamentares, chegando, segundo a revista Veja, a acumular patrimônio de R$ 10 milhões; e que ele não teria recursos para justificar o pagamento da pensão de R$ 13 mil mensais para a ex-amante. Ora, observa o experiente Carlinhos, os dois fatos são antagônicos: ou bem Renan é um milionário que usou um amigo como intermediário para os pagamentos, com intuito de preservar sua intimidade; ou não tinha rendimentos para o que foi acordado e contou com os préstimos da empreiteira. As duas coisas ao mesmo tempo é algo no mínimo esquisito.
Tudo somado, não se trata aqui de absolver Renan ou dizer que Mônica é uma chantagista, apenas apontar que se o presidente do Senado se enrolou mais com as fitas, a jornalista também abriu um flanco em sua argumentação. Quem acompanha estas Entrelinhas já sabe que o blog acha insustentável a posição de Calheiros na presidência do Senado, mas isto não significa, necessariamente, que ele tenha cometido qualquer ilícito. Renan perdeu a força política que lhe permitia comandar a Casa Alta do parlamento brasileiro, mas não é líquido e certo que Mônica consiga provar que recebia o dinheiro da Mendes Júnior. E se a bufunfa era de Renan, culpa no cartório ele e a Mendes Júnior não têm. Pelo menos não neste episódio.
No fundo, ainda há muita coisa nebulosa neste caso. Jasson Oliveira, atento leitor deste blog, lembra que Mônica Veloso afirmou ter guardado muitos documentos e gravado conversas com Calheiros. Ela também teria dito que recebia a pensão em espécie, algumas vezes em envelopes com a estampa da Mendes Júnior. Ora, até o presente momento, ela não apresentou os tais envelopes, que seriam provas materiais bastante fortes em um processo judicial. Teria a ciosa jornalista jogado fora o que de melhor tinha para provar a vinculação de sua pensão com a Mendes Júnior?
Por outro lado, Carlos Brickman, colunista do Observatório da Imprensa, observa que a imprensa tenta provar a um só tempo que Renan Calheiros enriqueceu muito durante os anos em que exerceu mandatos parlamentares, chegando, segundo a revista Veja, a acumular patrimônio de R$ 10 milhões; e que ele não teria recursos para justificar o pagamento da pensão de R$ 13 mil mensais para a ex-amante. Ora, observa o experiente Carlinhos, os dois fatos são antagônicos: ou bem Renan é um milionário que usou um amigo como intermediário para os pagamentos, com intuito de preservar sua intimidade; ou não tinha rendimentos para o que foi acordado e contou com os préstimos da empreiteira. As duas coisas ao mesmo tempo é algo no mínimo esquisito.
Tudo somado, não se trata aqui de absolver Renan ou dizer que Mônica é uma chantagista, apenas apontar que se o presidente do Senado se enrolou mais com as fitas, a jornalista também abriu um flanco em sua argumentação. Quem acompanha estas Entrelinhas já sabe que o blog acha insustentável a posição de Calheiros na presidência do Senado, mas isto não significa, necessariamente, que ele tenha cometido qualquer ilícito. Renan perdeu a força política que lhe permitia comandar a Casa Alta do parlamento brasileiro, mas não é líquido e certo que Mônica consiga provar que recebia o dinheiro da Mendes Júnior. E se a bufunfa era de Renan, culpa no cartório ele e a Mendes Júnior não têm. Pelo menos não neste episódio.
Que tal achar que Renan ganhou dinheiro com a Mendes Júnior e por isso tem os bens que tem, sem nada que sustente seus gastos?
ResponderExcluirAi, ai, ai,...
ResponderExcluirA questão é que não foi a Monica Veloso e nem seu advogado quem acusou o senador Renan. Foi a revista Veja que levantou uma suspeita. E o PSOL pediu para que se investigue o episódio no Conselho de Ética.
Se fica no ar a origem do dinheiro da pensão, Mendes Júnior ou não, o fato agora claro é que há NOTAS FRIAS que denunciam a falta de decoro do senador.
O caso paternidade interessa ao Brasil? Claro que não. Houve chantagem? Cabe ao senador resolver isso.
Para os brasileiros interessa somente se houve falta de decoro do senador. E as "notas frias"...