Já deve estar pronta a edição da Veja que circulará amanhã. Pode ser uma edição histórica: ou condena o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ou condena-se ao descrédito. Não há alternativas.
Além de oferecer um mínimo de provas ou, pelo menos, evidências para sustentar a acusação da semana passada sobre as supostas relações do senador com a empreiteira Mendes Júnior, a revista faria muito bem se escapasse da esfera do escândalo e das demandas que sucedem romances mal-sucedidos.
Por enquanto, as acusações ao senador alagoano partem apenas do advogado da sua ex-namorada, evidentemente insatisfeita com os valores estipulados pela Justiça para a pensão alimentícia da filha de ambos.
Por conta de uma nova bomba, o senador Renan Calheiros cancelou a sua viagem a Londres para assistir ao amistoso entre Brasil e Inglaterra em Wembley, ao lado do presidente Lula. Quer estar aqui para rebater na hora: neste aspecto, o comportamento do senador está correto, ele não se omite.
Resta saber se aquilo que o senador Renan Calheiros designou como "calvário" acaba amanhã ou se este calvário vai transferir-se para Veja e contaminar a credibilidade da mídia como instituição.
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