O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) parece estar mesmo receoso do que pode acontecer no Conselho de Ética: vetou a indicação de Renato Casagrande (PSB-ES) para a relatoria de seu caso. No máximo, aceita o socialista se a relatoria for dividida com dois outros senadores, obviamente da estreita confiança dele, Renan. O ditado é grosseiro, mas retrata bem a situação do presidente do Senado: quem tem c... tem medo. Afinal, Renato Casagrande, como já foi apontado aqui, não é nenhum Jefferson Péres ou Eduardo Suplicy e provavelmente incluiria em seu parecer no máximo alguns pequenos constrangimentos a Renan. O presidente do Senado, porém, não quer correr mais riscos.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
"Casa grande" lembra fazenda, que lembra boi...
ResponderExcluirOu falta de boi.