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O problema da oposição, porém, não é apenas a blindagem de Lula. À direita e à esquerda do presidente, o maior drama é que ninguém tem um projeto alternativo para o Brasil. No PSOL e partidos de extrema-esquerta, há uma tentativa de escapar da mimetização do antigo PT, mas Heloísa Helena e sua turma não conseguem explicar o que fariam após a "auditoria da dívida externa" e do passe de mágica que darão para acabar com a corrupção. No PSDB e Democratas, a coisa é ainda mais complicada: os dois partidos na verdade apóiam a atual política econômica, mas têm de fingir que fariam tudo diferente. Mentira, como se sabe, tem perna curta.
Enquanto não houver projeto alternativo consistente, Lula vai nadar de braçada e cantar de galo: afinal, nunca antes neste país um presidente consegiu ser tão popular por tanto tempo. Podem pesquisar.
A seguir, a matéria da Folha Online:
Lula tem segunda melhor avaliação desde 2005, diz CNT/Sensus
RENATA GIRALDI, em Brasília
A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a segunda melhor desde 2005, quando houve as denúncias do mensalão, aponta pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira. De acordo com a pesquisa, 64% dizem aprovar o presidente, contra 63,7% que tiveram a mesma opinião em abril, quando foi realizada a última pesquisa. Já 29,8% desaprovam Lula, contra 28,2% que opinaram da mesma forma na última pesquisa. A pesquisa de hoje indica ainda que 6,3% não souberam responder sobre o assunto, contra 8,2% em abril. Em relação à avaliação do governo do presidente Lula, houve uma estabilidade nos números. De acordo com a pesquisa, para 47,5%, a avaliação é positiva. Na última pesquisa, era 49,5%. Para 36,5%, a avaliação do governo é regular, contra 34,3% da pesquisa anterior. Já os que consideram negativa, a avaliação é de 14%. Em abril, era 14,6%. "O que mantém a popularidade do governo é o funcionamento da economia, os programas sociais e o carisma do presidente Lula", disse o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes. A pesquisa ouviu 2.000 pessoas de 18 a 22 de junho em 136 municípios de 24 Estados. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
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