Nos bastidores de Brasília, ninguém mais dá como certa a absolvição, amanhã, no Conselho de Ética, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Até sexta-feira, este sentimento era dominante entre os políticos e analistas na capital federal. Agora, há quem aposte em novo adiamento da votação e prosseguimento das investigações, em um processo que pode até mesmo terminar na condenação do presidente do Senado. Nesta altura do campeonato, Renan não pode mais renunciar para evitar o processo de cassação e perda dos direitos políticos. Se for condenado, pode ser advertido, censurado, suspenso por seis meses ou cassado. Em qualquer dessas hipóteses, Renan Calheiros não terá condições morais de continuar na presidência do Senado. Na verdade, se o relatório do senador Epitácio Cafeteira for derrubado na sessão de amanhã do Conselho de Ética – o que na prática significa o prosseguimento das investigações –, a pressão para que Renan se afaste da presidência deve ser intensificada. Tudo somado, o fato é que o vento mudou e os senadores, em que pese o respeito que têm pelo presidente do Senado, já admitem que a melhor solução seja mesmo, no mínimo, a renúncia da Presidência. O tempo passou a correr contra Calheiros e até a cassação do mandato já não pode ser descartada.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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