A nota reproduzida ao final deste comentário é do blog do jornalista Josias de Souza. Enquanto o senador Arthur Virgílio (PSDB-AP) xingava de coisas bem feias o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o governador Aécio Neves, correligionário de Virgílio, assoprava. Qual a diferença entre Aécio e Virgílio? Bem, uma diferença notável é a quantidade de votos de cada um. Aécio se reelegeu governador de Minas Gerais com mais de 60%, Virgílio perdeu o governo do Amazonas com menos de 10%. A outra é de estilo. Aécio faz política desde muito jovem, sempre agregando, sempre dialogando. Herança de seu avô Tancredo.
Arthur Virgílio é o oposto do hábil mineiro, age com o fígado, já prometeu "dar uma surra" no presidente Lula. Sua patética performance no Senado nesta segunda-feira e a prova cabal da falta de talento do líder tucano, que muito disse e pouco explicou. Afinal, qual foi o valor que emprestou de Agaciel Maia? Quem pagava a internação hospitalar da mãe do senador amazonense? E vai devolver os R$ 700 mil gastos no tratamento daquela senhora?
No fundo, política é sempre uma questão de estilo. Aécio está revelando a sua, é alguém com quem dá para sentar e conversar civilizadamente. De Arthur Virgílio, melhor guardar distância. Resta saber o que José Serra acha de tudo isto. Se bem que ultimamente o governador de São Paulo não acha nada sobre coisa alguma. Pelo menos não em público.
Abaixo a matéria do blog do Josias.
Aécio Neves destoa do PSDB e defende José Sarney
Num dia em que Arthur Virgílio (PSDB-AM) subiu à tribuna para pedir o afastamento de José Sarney, o governador tuano Aécio Neves remou noutra direção.
Em entrevista, Aécio disse que o Senado “tem problemas”. Mas afirmou ter “convicção” de que Sarney “saberá enfrentá-los”.
O governador mineiro não chegou a dizer que Sarney não pode ser tratado como “uma pessoa normal”, mas chegou perto disso:
Acha que Sarney "teve um papel muito importante no momento talvez mais importante das últimas décadas”. Que momento? “A transição democrática”.
A prevalecer esse entendimento, inaugurado por Lula, Sarney disporia de anistia prévia, concedida pela história, contra qualquer acusação que se lhe faça.
PS em 30/06: Um leitor amigo do blog lembra que foi ACM Neto e não Arthur Virgílio que prometeu "dar uma surra" no presidente Lula. É verdade. Virgílio foi um pouquinho mais sutil, disse o seguinte no final de 2005: "Eu duvido que tenha neste país, uma pessoa - pode ser o Presidente Lula, o Delúbio, o segurança do Lula, qualquer um- alguém que tenha coragem ousadia física de fazer mal a filho meu, à minha esposa sem que eu cobre do jeito que eu achar que eu devo como homem uma resposta muito drástica para uma afronta desse tipo. (...) Se isso é uma tática para intimidar aqui e intimidar acolá, eu já disse ainda há pouco que mexer comigo com meus valores, sobretudo envolvendo minha família é tão grave e dá uma confusão tão feia quanto passar a mão no bumbum da namorada do Mike Tyson num bar". Arthur Virgílio se acha um Mike Tyson. Devia lembrar como acabou a carreira do grande campeão.
Arthur Virgílio é o oposto do hábil mineiro, age com o fígado, já prometeu "dar uma surra" no presidente Lula. Sua patética performance no Senado nesta segunda-feira e a prova cabal da falta de talento do líder tucano, que muito disse e pouco explicou. Afinal, qual foi o valor que emprestou de Agaciel Maia? Quem pagava a internação hospitalar da mãe do senador amazonense? E vai devolver os R$ 700 mil gastos no tratamento daquela senhora?
No fundo, política é sempre uma questão de estilo. Aécio está revelando a sua, é alguém com quem dá para sentar e conversar civilizadamente. De Arthur Virgílio, melhor guardar distância. Resta saber o que José Serra acha de tudo isto. Se bem que ultimamente o governador de São Paulo não acha nada sobre coisa alguma. Pelo menos não em público.
Abaixo a matéria do blog do Josias.
Aécio Neves destoa do PSDB e defende José Sarney
Num dia em que Arthur Virgílio (PSDB-AM) subiu à tribuna para pedir o afastamento de José Sarney, o governador tuano Aécio Neves remou noutra direção.
Em entrevista, Aécio disse que o Senado “tem problemas”. Mas afirmou ter “convicção” de que Sarney “saberá enfrentá-los”.
O governador mineiro não chegou a dizer que Sarney não pode ser tratado como “uma pessoa normal”, mas chegou perto disso:
Acha que Sarney "teve um papel muito importante no momento talvez mais importante das últimas décadas”. Que momento? “A transição democrática”.
A prevalecer esse entendimento, inaugurado por Lula, Sarney disporia de anistia prévia, concedida pela história, contra qualquer acusação que se lhe faça.
PS em 30/06: Um leitor amigo do blog lembra que foi ACM Neto e não Arthur Virgílio que prometeu "dar uma surra" no presidente Lula. É verdade. Virgílio foi um pouquinho mais sutil, disse o seguinte no final de 2005: "Eu duvido que tenha neste país, uma pessoa - pode ser o Presidente Lula, o Delúbio, o segurança do Lula, qualquer um- alguém que tenha coragem ousadia física de fazer mal a filho meu, à minha esposa sem que eu cobre do jeito que eu achar que eu devo como homem uma resposta muito drástica para uma afronta desse tipo. (...) Se isso é uma tática para intimidar aqui e intimidar acolá, eu já disse ainda há pouco que mexer comigo com meus valores, sobretudo envolvendo minha família é tão grave e dá uma confusão tão feia quanto passar a mão no bumbum da namorada do Mike Tyson num bar". Arthur Virgílio se acha um Mike Tyson. Devia lembrar como acabou a carreira do grande campeão.
Um golpe tendo a frente a liderança do Arthur Virgílio? Derrubar o Sarney para que o Marcondes Perillo, opositor ferrenho ao governo Lula, assuma a presidência do senado. Sutileza maior não há. Melhor continuar um picareta histórico (Sarney) prá liderar os picaretas menores que o conduziram ao cargo. Tem santinho ali não!
ResponderExcluirNo final das contas o Senador Artur perdeu feio para o senado para Vanessa Grasiotin.
ResponderExcluirBem feito espero que depois desta derrota ele aprenda a ser mais humilde, menos arrugante.
Ele mereceu a derrota.