Conforme a análise de ontem, surgiu hoje mais um capítulo da crise sem fim do Senado da República, com o aparecimento de uma outra conta bancária da Casa, que supostamente maneja o dinheiro por meio de uma Conta Única (não tão única assim, foi-se descobrir). Um aspecto interessante da questão é que os sucessivos escândalos na Casa Alta estão ajudando os parlamentares da Casa Baixa. De fato, deve ter um monte de deputado comemorando o péssimo momento de seus colegas senadores. Gente como Fabio Faria, o namoradinho de Adriante Galisteu, Edmar Moreira, o homem do Castelo, aquele outro que "se lixa", todos eles estão suspirando aliviados com o desenvolvimento da crise no legislativo. Pegou o Senado, mas até agora não pegou a Câmara. O que também se deve à enorme habilidade do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que trabalha muito bem com ações para protelar certas investigações, deixando assim que o tempo cure as feridas (mais do que o tempo, a crise seguinte, porque o Congresso não vive sem crise...). Da CPI da Petrobras, então, ninguém fala mais nada. Está tudo suspenso, esperando José Sarney (não) tomaras providências necessárias para esvaziar a lixeira do Senado. Mas os deputados precisam ficar espertos, uma hora dessas algum senador se lembra de que o melhor a fazer quando há uma crise é criar outra ali do lado. Este blog aposta que nem vai demorar muito...
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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