No Observatório da Imprensa está uma versão mais completa e elaborada do artigo publicado neste blog ontem. O assunto, é claro, está pegando fogo e muita gente já comentou a polêmica lá no OI. Obviamente, o autor deste blog está tomando muito pau da estudantada e dos professores de jornalismo, mas os argumentos ali "expostos" (e a forma com que estão sendo "expostos") só fazem reforçar a certeza de que o STF acertou em cheio ao acabar com a exigência do deproma. Aliás, este blogueiro lembrou-se também que os melhores jornalistas com os quais trabalhou jamais frequentaram as salas de aula de qualquer faculdade de jornalismo: Alberto Dines, Roberto Müller Filho e Getulio Bittencourt. A bem da verdade, dois deles pisaram em salas de aulas, sim, mas para ensinar (Dines e Müller). Getulio e Dines não completaram o antigo colegial, atual Ensino Médio, Müller é técnico em Química.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
Se você me permite, Luis, o Nassif também saiu hoje com uma ótima análise sobre o tema. Como jornalista formado há trinta e tantos anos também não vejo razão nenhuma para pânico da rapaziada. O que vai prevalecer são as competências de cada um para se estabelecer e voar alto na carreira:
ResponderExcluir"Há um enorme mercado que se abre com o fim da obrigatoriedade do diploma - beneficiando especialmente os com-diploma. Daqui para frente, cada vez mais as empresas e associações serão produtoras de informação, acabando com essa intermediação espúria da mídia. Hoje em dia há assessorias com mais jornalistas que as redações. Preparam releases, enviam para o jornal, o editor passa para um repórter dar uma guaribada e publicar como se fosse matéria própria.
Esse jogo vai acabar. Cada vez mais empresas e associações precisarão de jornalistas profissionais para produzirem notícias que serão veiculadas sem intermediação na Internet.
Veja bem, no modelo convencional as redações prescindem de jornalistas formados. Elas têm seu próprio método de trabalho, no qual os jornalistas acabam se enquadrando. No novo modelo, as empresas necessitarão de jornalistas com formação - ou quem tenha passado por redações ou quem tenha se formado em faculdades que ensinem efetivamente o novo, como estruturar as informações das empresas, como identificar aquelas de interesse do público, como utilizar as novas mídias e etc."
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/18/o-diploma-e-as-faculdades-de-jornalismo/#more-31146
Quem sabe vamos abolir por completo a necessidade de educação, além do básico escrever a e fazer as quatro operações? O Lula também não estudou e está aí...
ResponderExcluirCom a dispensa do diploma, em breve o patronato vai promover os seus próprios cursos de jornalismo, formando profissionais amestrados à sua visão de como deve ser exercida a profissão. O caminho está aberto para picaretas e aventureiros. Em cada esquina um jornalista. Em cada boteco um Prêmio Esso. É a democratização da imprensa. Gol de placa da turma do Mendes. Viva o Brazil.
Luís
ResponderExcluirSou jornalista e concordo plenamente contigo.
um grande abraço