No Observatório da Imprensa está uma versão mais completa e elaborada do artigo publicado neste blog ontem. O assunto, é claro, está pegando fogo e muita gente já comentou a polêmica lá no OI. Obviamente, o autor deste blog está tomando muito pau da estudantada e dos professores de jornalismo, mas os argumentos ali "expostos" (e a forma com que estão sendo "expostos") só fazem reforçar a certeza de que o STF acertou em cheio ao acabar com a exigência do deproma. Aliás, este blogueiro lembrou-se também que os melhores jornalistas com os quais trabalhou jamais frequentaram as salas de aula de qualquer faculdade de jornalismo: Alberto Dines, Roberto Müller Filho e Getulio Bittencourt. A bem da verdade, dois deles pisaram em salas de aulas, sim, mas para ensinar (Dines e Müller). Getulio e Dines não completaram o antigo colegial, atual Ensino Médio, Müller é técnico em Química.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Se você me permite, Luis, o Nassif também saiu hoje com uma ótima análise sobre o tema. Como jornalista formado há trinta e tantos anos também não vejo razão nenhuma para pânico da rapaziada. O que vai prevalecer são as competências de cada um para se estabelecer e voar alto na carreira:
ResponderExcluir"Há um enorme mercado que se abre com o fim da obrigatoriedade do diploma - beneficiando especialmente os com-diploma. Daqui para frente, cada vez mais as empresas e associações serão produtoras de informação, acabando com essa intermediação espúria da mídia. Hoje em dia há assessorias com mais jornalistas que as redações. Preparam releases, enviam para o jornal, o editor passa para um repórter dar uma guaribada e publicar como se fosse matéria própria.
Esse jogo vai acabar. Cada vez mais empresas e associações precisarão de jornalistas profissionais para produzirem notícias que serão veiculadas sem intermediação na Internet.
Veja bem, no modelo convencional as redações prescindem de jornalistas formados. Elas têm seu próprio método de trabalho, no qual os jornalistas acabam se enquadrando. No novo modelo, as empresas necessitarão de jornalistas com formação - ou quem tenha passado por redações ou quem tenha se formado em faculdades que ensinem efetivamente o novo, como estruturar as informações das empresas, como identificar aquelas de interesse do público, como utilizar as novas mídias e etc."
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/18/o-diploma-e-as-faculdades-de-jornalismo/#more-31146
Quem sabe vamos abolir por completo a necessidade de educação, além do básico escrever a e fazer as quatro operações? O Lula também não estudou e está aí...
ResponderExcluirCom a dispensa do diploma, em breve o patronato vai promover os seus próprios cursos de jornalismo, formando profissionais amestrados à sua visão de como deve ser exercida a profissão. O caminho está aberto para picaretas e aventureiros. Em cada esquina um jornalista. Em cada boteco um Prêmio Esso. É a democratização da imprensa. Gol de placa da turma do Mendes. Viva o Brazil.
Luís
ResponderExcluirSou jornalista e concordo plenamente contigo.
um grande abraço