O comentário abaixo está no blog de Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB. Voltamos a ele na sequência.
Momento de mineirice
O Valor apurou que Aécio Neves é visto pelo empresariado como um “quase-Lula”, sem ser de esquerda. De perfil agregador e cumpridor de acordos, o governador vem conquistando apoios, e mineiramente põe seu bloco na rua. É cedo para que os partidos assumam posições definitivas sobre a sucessão presidencial, mas Aécio desponta. O ministro do Trabalho do governo Lula, Carlos Lupi, foi preciso: “O PSDB, decidindo pelo Aécio, muda o quadro eleitoral nacional. Teremos que avaliar esse novo quadro". Nós também aguardamos a movimentação de Aécio...
Postado por Roberto Jefferson às 11:06
Bob Jefferson é, além de um excelente analista político, protagonista das negociações políticas nacionais, embora afastado da arena pública. O que ele escreve sobre Aécio este blog já apontou diversas vezes: se sair do PSDB (ou, o que é menos provável, derrotar José Serra na disputa interna tucana) e concorrer à presidência no próximo ano, o governador mineiro é favoritíssimo. Bobagem olhar os números das pesquisas, nas quais ele aparece em até quarto lugar.
Uma vez candidato, com ou sem Serra na parada, Aécio tende a crescer com seu perfil agregador e discurso do "pós-Lula". Na edição desta quinta-feira, a Folha de S. Paulo (ou seria São Serra) salienta o "discurso oposicionista" de Aécio. Bobagem, é só mais uma dessas jogadas que jornalistas sabem fazer tão bem, retirando frases do contexto para ressaltar uma ou outra ideia. No fundo, a Folha gostaria muito que Aécio adotasse este perfil para facilitar o caminho de Serra, candidato do jornal. Só que Aécio Neves não é bobo, não nasceu ontem. Se conseguir se viabilizar candidato, se torna muito forte justamente pelos motivos apresentados também pelo ex-deputado Bob Jefferson: capacidade de agregar. Em um cenário hipotético de disputa contra Serra e Dilma, Aécio tem todas as condições de passar ao segundo turno, contra um ou outro, e se aliar com quem ficou de fora. Esta flexibilidade ideológica, digamos assim, facilitaria a sua vitória no segundo turno.
Cabe ressaltar, antes que algum novo leitor do blog questione se o governo de Minas tem enviado presentinhos para o autor destas Entrelinhas, que o que vai acima não é desejo, é análise. O fato de julgar este ou aquele candidato mais preparado para exercer o cargo de presidente não impede que se tente aqui analisar os dados que a realidade apresenta e colocá-los em contexto. Neste momento, a despeito de todas as pesquisas, este blog aposta que se Aécio for candidato, vence a eleição. Se não for, são outros quinhentos, a disputa será acirrada e ficará entre Dilma e Serra. Com ligeiro favoritismo para a primeira, também a despeito das pesquisas. Só dois fatores podem mudar este cenário: o agravamento real e profundo da crise econômica - algo hoje pouco provável - ou a presença de Lula nas urnas. Neste caso, a eleição vira barbada...
Momento de mineirice
O Valor apurou que Aécio Neves é visto pelo empresariado como um “quase-Lula”, sem ser de esquerda. De perfil agregador e cumpridor de acordos, o governador vem conquistando apoios, e mineiramente põe seu bloco na rua. É cedo para que os partidos assumam posições definitivas sobre a sucessão presidencial, mas Aécio desponta. O ministro do Trabalho do governo Lula, Carlos Lupi, foi preciso: “O PSDB, decidindo pelo Aécio, muda o quadro eleitoral nacional. Teremos que avaliar esse novo quadro". Nós também aguardamos a movimentação de Aécio...
Postado por Roberto Jefferson às 11:06
Bob Jefferson é, além de um excelente analista político, protagonista das negociações políticas nacionais, embora afastado da arena pública. O que ele escreve sobre Aécio este blog já apontou diversas vezes: se sair do PSDB (ou, o que é menos provável, derrotar José Serra na disputa interna tucana) e concorrer à presidência no próximo ano, o governador mineiro é favoritíssimo. Bobagem olhar os números das pesquisas, nas quais ele aparece em até quarto lugar.
Uma vez candidato, com ou sem Serra na parada, Aécio tende a crescer com seu perfil agregador e discurso do "pós-Lula". Na edição desta quinta-feira, a Folha de S. Paulo (ou seria São Serra) salienta o "discurso oposicionista" de Aécio. Bobagem, é só mais uma dessas jogadas que jornalistas sabem fazer tão bem, retirando frases do contexto para ressaltar uma ou outra ideia. No fundo, a Folha gostaria muito que Aécio adotasse este perfil para facilitar o caminho de Serra, candidato do jornal. Só que Aécio Neves não é bobo, não nasceu ontem. Se conseguir se viabilizar candidato, se torna muito forte justamente pelos motivos apresentados também pelo ex-deputado Bob Jefferson: capacidade de agregar. Em um cenário hipotético de disputa contra Serra e Dilma, Aécio tem todas as condições de passar ao segundo turno, contra um ou outro, e se aliar com quem ficou de fora. Esta flexibilidade ideológica, digamos assim, facilitaria a sua vitória no segundo turno.
Cabe ressaltar, antes que algum novo leitor do blog questione se o governo de Minas tem enviado presentinhos para o autor destas Entrelinhas, que o que vai acima não é desejo, é análise. O fato de julgar este ou aquele candidato mais preparado para exercer o cargo de presidente não impede que se tente aqui analisar os dados que a realidade apresenta e colocá-los em contexto. Neste momento, a despeito de todas as pesquisas, este blog aposta que se Aécio for candidato, vence a eleição. Se não for, são outros quinhentos, a disputa será acirrada e ficará entre Dilma e Serra. Com ligeiro favoritismo para a primeira, também a despeito das pesquisas. Só dois fatores podem mudar este cenário: o agravamento real e profundo da crise econômica - algo hoje pouco provável - ou a presença de Lula nas urnas. Neste caso, a eleição vira barbada...
Parabéns pela análise; eu ensaei uma parecida no post do meu blog, mas não chega aos pés desta.
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