O licenciamento ou renúncia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), resolve a crise instalada na Casa? Este blog aposta que não. Ao contrário, especialmente no segundo caso, em que haveria uma nova eleição, a disputa vai até se acirrar em torno de novos personagens. Ruim com Sarney, ruim sem Sarney. Esta crise só será resolvida após a eleição presidencial de 2010. É o que diz a lógica política em torno das atuais turbulências, como o leitor pode conferir aqui.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
Ruim com Sarney, pior sem Sarney. Com a saída do bigodudo, vai tudo para debaixo do tapete. E vai faltar tapete!!!
ResponderExcluirO governo está na mesma enrascada em que se viu há dois anos, quando defendeu o indefensável. Naquela época Renan Calheiros, hoje José Sarney. E, possivelmente, o PT levará outra facada nas costas, pois Ideli Salvati, então líder do PT no Senado, defendeu como pôde o senador alagoano para depois vê-lo empossar Collor na presidência da Comissão de Infra-Estrutura (cargo que Ideli disputou com o caçador de marajás). Sarney representa o que há de mais atrasado tanto na política quanto na sociedade brasileira. É dever das forças populares e verdadeiramente democráticas lutar para erradicar do Senado e da vida pública os Calheiros, Agripinos, Heráclitos, Barbalhos, Salgados, Vasconcelos, Jucás e tantos outros representantes do atraso. A maldita governabilidade não pode servir como visto de permanência eterna para essas pragas nacionais, que desde sempre misturam o público e o privado.
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