Morreu na noite de ontem, sábado (6/6), o jornalista Getulio Bittencourt, um dos mais talentosos de sua geração. Este blogueiro teve a sorte de trabalhar sob o comando de Getulio por 8 anos, período em que aprendeu não apenas os muitos segredos da profissão, que ele dominava como poucos, como também a admirar o caráter, a inteligência e o humor muito particular do chefe. Voltaremos ao assunto à noite, para um texto maior sobre esta figura ímpar, cuja biografia merece uma homenagem mais detida. Por ora, fica o registro da perda. O jornalismo brasileiro ficou mais pobre na noite de ontem.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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