Pular para o conteúdo principal

Ibope confirma: o "cara" está nas alturas

Mais uma pesquisa saiu do forno, desta vez realizada pelo Ibope. Os números confirmam os levantamentos do Datafolha e Sensus e revelam que a popularidade do presidente Lula voltou a superar a casa dos 80%, ao passo que a aprovação do governo passa de 65%, isto nos três levantamentos. É muito para um país em recessão? Ou a recessão é menos evidente do que parece? A resposta pode estar no número do PIB que mede o consumo das famílias. Entre todos os indicadores que compõem o PIB, foi o que mais cresceu. Na vida real, portanto, o povão continua comprando mais e, portanto, está mais feliz do que antes, apesar do medo do desemprego. Este blog tem um palpite: a popularidade de Lula só cairá se as taxas de desemprego voltarem aos níves do governo Fernando Henrique Cardoso, quando batiam em mais de 15%. Do contrário, Lula vai voar em céu de brigadeiro até a eleição de 2010. Se conseguirá eleger sua candidata são outros quinhentos. Fosse ele o candidato, estaria eleito com o pé nas costas. Mas a oposição sabe: é meio caminho andado. Daí o pânico e a tentativa de armar qualquer tipo de confusão para tentar debilitar um pouco o governo, como ocorre com a tal CPI da Petrobras.

A seguir a matéria do portal G1 sobre a pesquisa do Ibope.

Aprovação de Lula é de 80%, diz CNI/Ibope

Nível é 2% acima do registrado em março.
Governo é ótimo ou bom para 68% dos entrevistados.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

A aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de 80% de acordo com a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta terça-feira (9). Para 68% dos entrevistados o governo Lula é ótimo e bom. São 76% os brasileiros que confiam no presidente, segundo a pesquisa.

O nível de aprovação ao presidente se recupera depois de cair para 78% em março e retorna aos mesmo 80% registrados em setembro de 2008, antes do estouro da crise financeira internacional. Em dezembro do ano passado, Lula alcançou a sua maior aprovação na série da pesquisa Ibope, com aprovação de 84%. A desaprovação ao presidente em junho deste ano é de 16%, enquanto 4% não opinaram.

Na avaliação do governo, os números também retornaram ao cenário pré-crise. Os 68% de ótimo e bom superam os 64% registrados em março, mas estão ainda abaixo dos 73% registrados em dezembro do ano passado. Na pesquisa atual, 24% consideram o governo regular e apenas 8% avaliam a administração como ruim ou péssimo.

O índice de confiança no presidente seguiu os mesmos gráficos das outras questões. Na pesquisa atual, 76% disseram confiar no presidente, enquanto 21% não confiam. Os outros 3% não opinaram. O índice de confiança é menor apenas do que os registrados em dezembro do ano passado e em março de 2003, logo após a posse no primeiro mandato.

Para 45% dos entrevistados, o segundo mandato de Lula é melhor que o primeiro. Em março esta opinião era de 41%. Para 40%, os dois mandatos são iguais, enquanto 14% acreditam que o governo piorou no segundo mandato. A nota do presidente Lula ficou em 7,5, a segunda melhor desde o início do governo, ficando apenas atrás dos 7,8 registrados em dezembro do ano passado.

De acordo com a pesquisa, o Nordeste é a região em que o presidente registra o maior índice de aprovação (92%). Na região Sul, a aprovação de Lula ficou em 66%, o menor índice por regiões.

A aprovação de Lula é maior entre os homens (83%) do que entre as mulheres (77%). Por idade, os eleitores com mais de 50 anos são os que mais aprovam (84%). Entre os eleitores com 40 e 49, a aprovação está no pior patamar, 73%.

A aprovação é melhor também entre os que estudaram até a quarta série do ensino fundamental (85%). Entre os pesquisados com nível superior a aprovação ficou em 72%, no menor patamar por escolaridade.

A pesquisa foi realizada de 29 de maio a 1 de junho com 2.002 entrevistados em 143 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Comentários

  1. Quero ver como o Montenegro (dono do IBOPE) vai explicar mais essa. Ele já "garantiu" que em 2010 é SERRA na cabeça (não sei de quem?...)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue...

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...