A oposição anda nervosinha e tem gente que não entende a razão. Está no título acima. Sim, a economia brasileira está andando, para frente, melhor do que boa parte dos demais países - todos, sem exceção, foram afetados pela crise nos Estados Unidos. Uns sofrem mais, outros sofrem menos. O Brasil parece mesmo estar no segundo time.
Ademais, se as coisas continuarem nesta toada, o presidente Lula poderá dizer, em 2010, que estava certo: a crise não passou de uma marolinha e durou pouco. A oposição apostava na crise econômica para derrubar a popularidade de Lula. Já viu que a aposta era uma canoa furada. No momento, o candidato mais forte da oposição à presidência, o governador José Serra (PSDB), aproveita seu tempo livre falando do Palmeiras no Twitter. A rigor, é das poucas manifestações públicas que se pode encontrar do ilustre ocupante do Palácio dos Bandeirantes. De vez em quando Serra finge que está bravo é dá um pau no Meirelles, o ex-tucano que cuida da taxa de juros no país. É a única crítica que Serra consegue oferecer - "os juros são altíssimos, escorchantes" e coisa e tal. Começa a lembrar o Brizola de antigamente, que vinha sempre com aquela conversa das perdas internacionais...
O fato é que o Brasil mudou. Como lembrava um amigo desta coluna, em 1985 Tancredo Neves dizia: "não vamos pagar a dívida externa com a fome do povo brasileiro". O Brasil estava à beira do precipício, em termos econômicos. Hoje, o Brasil pagou a dívida, empresta para os gringos, e o povão está comendo bem melhor. Vai ser difícil para Serra ou qualquer outro representante da oposição explicar que essas coisas na verdade foram todas planejadas minuciosamente por um gênio da raça chamado Fernando Henrique Cardoso e que o seu sucessor barbudo só surfou no que já havia sido montando. Mentira, como se sabe, tem pernas curtas. O povão pensa fácil: minha vida melhorou? Pois é, parece que sim. É isto que dá voto e prestígio a Lula.
Já no andar de cima o presidente habilmente construiu uma base de apoio ao não colocar a faca no pescoço dos que já acumularam renda e patrimônio para viver meia dúzia de gerações sem trabalhar. Essa gente estava assustada em 2002, afinal Lula poderia ser uma espécie de vingador do povaréu. Como o presidente é apenas um homem da esquerda moderada, os suspiros de alívio se transformaram menos em apoio entusiasmado e mais em uma postura de "melhor com ele do que com os aloprados petistas no comando".
É, vai ser parada muito dura para Serra ou qualquer outro candidato da oposição. Se bobear, a eleição repete o padrão de 2006, quando Alckmin investiu no neoudenismo, conquistou uma classe mérdia que jamais engoliu o ex-operário, e o resto vai de Dilma ou quem Lula beijar a testa. Pode até ser mais complexo do que isto, mas hoje a tendência é de que as coisas se resolvam com muita simplicidade. A ver...
Ademais, se as coisas continuarem nesta toada, o presidente Lula poderá dizer, em 2010, que estava certo: a crise não passou de uma marolinha e durou pouco. A oposição apostava na crise econômica para derrubar a popularidade de Lula. Já viu que a aposta era uma canoa furada. No momento, o candidato mais forte da oposição à presidência, o governador José Serra (PSDB), aproveita seu tempo livre falando do Palmeiras no Twitter. A rigor, é das poucas manifestações públicas que se pode encontrar do ilustre ocupante do Palácio dos Bandeirantes. De vez em quando Serra finge que está bravo é dá um pau no Meirelles, o ex-tucano que cuida da taxa de juros no país. É a única crítica que Serra consegue oferecer - "os juros são altíssimos, escorchantes" e coisa e tal. Começa a lembrar o Brizola de antigamente, que vinha sempre com aquela conversa das perdas internacionais...
O fato é que o Brasil mudou. Como lembrava um amigo desta coluna, em 1985 Tancredo Neves dizia: "não vamos pagar a dívida externa com a fome do povo brasileiro". O Brasil estava à beira do precipício, em termos econômicos. Hoje, o Brasil pagou a dívida, empresta para os gringos, e o povão está comendo bem melhor. Vai ser difícil para Serra ou qualquer outro representante da oposição explicar que essas coisas na verdade foram todas planejadas minuciosamente por um gênio da raça chamado Fernando Henrique Cardoso e que o seu sucessor barbudo só surfou no que já havia sido montando. Mentira, como se sabe, tem pernas curtas. O povão pensa fácil: minha vida melhorou? Pois é, parece que sim. É isto que dá voto e prestígio a Lula.
Já no andar de cima o presidente habilmente construiu uma base de apoio ao não colocar a faca no pescoço dos que já acumularam renda e patrimônio para viver meia dúzia de gerações sem trabalhar. Essa gente estava assustada em 2002, afinal Lula poderia ser uma espécie de vingador do povaréu. Como o presidente é apenas um homem da esquerda moderada, os suspiros de alívio se transformaram menos em apoio entusiasmado e mais em uma postura de "melhor com ele do que com os aloprados petistas no comando".
É, vai ser parada muito dura para Serra ou qualquer outro candidato da oposição. Se bobear, a eleição repete o padrão de 2006, quando Alckmin investiu no neoudenismo, conquistou uma classe mérdia que jamais engoliu o ex-operário, e o resto vai de Dilma ou quem Lula beijar a testa. Pode até ser mais complexo do que isto, mas hoje a tendência é de que as coisas se resolvam com muita simplicidade. A ver...
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