O julgamento já terminou e oito ministros do Supremo Tribunal Federal se manifestaram contra a obrigatoriedade do diploma específico para o exercício do jornalismo ante apenas um voto a favor da sua manutenção. Trata-se de uma vitória histórica do jornalismo e da democracia brasileira. Não é mais preciso de canudo para ser jornalista no país.
Os leitores fiéis do Entrelinhas conhecem a posição do autor deste blog, jornalista desde 1995, que é formado em História pela Universidade de São Paulo e que abandonou o curso de Administração Pública na Fundação Getulio Vargas justamente para abraçar o jornalismo. Antes de mais nada, portanto, é preciso dizer que não se trata aqui de advogar em causa própria, pois os chamados "precários" - não diplomados que exercem a profissão há anos – seriam de alguma forma anistiados se o diploma continuasse obrigatório.
A questão toda na verdade é até muito simples: a profissão de jornalista dispensa a formação universitária específica porque não existe nenhuma técnica, norma ou regra que não se possa aprender nas redações, trabalhando. Há várias profissões assim. Publicitários, músicos, artistas são alguns exemplos assemelhados: é perfeitamente possível realizar o trabalho sem ter aprendido a teoria na escola.
Tudo que um bom jornalista precisa é de talento e vontade de ser jornalista. Os melhores serão aqueles mais bem formados e para isto a melhor coisa que se faz é estudar bastante. Este blogueiro recomendaria a um jovem que deseja ingressar na profissão que curse qualquer faculdade - pode ser Direito, Economia, Engenharia, qualquer das Ciências Humanas ou até mesmo Medicina, Química ou Matemática. Uma pós-graduação em Comunicação complementaria a formação, mas isto não é uma necessidade imperiosa. Quem quer ser jornalista deve basicamente ser curioso, gostar muito de ler e de correr atrás das notícias.
O fim da exigência do diploma acaba com uma barreira corporativista tacanha, levantada por um sindicalismo medíocre, e não significa em absoluto o fim das escolas de jornalismo. De fato, o fim da exigência não impedirá que muitos jovens continuem cursando jornalismo para ingressar na profissão. Atualmente existem excelentes faculdades de Publicidade e Marketing, embora o diploma não seja obrigatório para o exercício da profissão. Muitos profissionais que se destacam neste meio são recrutados nas universidades. Por outro lado, gente com talento especial e até sem educação formal alguma poderá exercer o jornalismo sem os constrangimentos dos defensores de um canudo que no fundo só servia para a manutenção de seus próprios feudos no meio sindical. Bom para o Brasil, bom para o jornalismo.
Os leitores fiéis do Entrelinhas conhecem a posição do autor deste blog, jornalista desde 1995, que é formado em História pela Universidade de São Paulo e que abandonou o curso de Administração Pública na Fundação Getulio Vargas justamente para abraçar o jornalismo. Antes de mais nada, portanto, é preciso dizer que não se trata aqui de advogar em causa própria, pois os chamados "precários" - não diplomados que exercem a profissão há anos – seriam de alguma forma anistiados se o diploma continuasse obrigatório.
A questão toda na verdade é até muito simples: a profissão de jornalista dispensa a formação universitária específica porque não existe nenhuma técnica, norma ou regra que não se possa aprender nas redações, trabalhando. Há várias profissões assim. Publicitários, músicos, artistas são alguns exemplos assemelhados: é perfeitamente possível realizar o trabalho sem ter aprendido a teoria na escola.
Tudo que um bom jornalista precisa é de talento e vontade de ser jornalista. Os melhores serão aqueles mais bem formados e para isto a melhor coisa que se faz é estudar bastante. Este blogueiro recomendaria a um jovem que deseja ingressar na profissão que curse qualquer faculdade - pode ser Direito, Economia, Engenharia, qualquer das Ciências Humanas ou até mesmo Medicina, Química ou Matemática. Uma pós-graduação em Comunicação complementaria a formação, mas isto não é uma necessidade imperiosa. Quem quer ser jornalista deve basicamente ser curioso, gostar muito de ler e de correr atrás das notícias.
O fim da exigência do diploma acaba com uma barreira corporativista tacanha, levantada por um sindicalismo medíocre, e não significa em absoluto o fim das escolas de jornalismo. De fato, o fim da exigência não impedirá que muitos jovens continuem cursando jornalismo para ingressar na profissão. Atualmente existem excelentes faculdades de Publicidade e Marketing, embora o diploma não seja obrigatório para o exercício da profissão. Muitos profissionais que se destacam neste meio são recrutados nas universidades. Por outro lado, gente com talento especial e até sem educação formal alguma poderá exercer o jornalismo sem os constrangimentos dos defensores de um canudo que no fundo só servia para a manutenção de seus próprios feudos no meio sindical. Bom para o Brasil, bom para o jornalismo.
8x1 !!! nem o Ibís apanha tão feio. viva a liberdade de expressão
ResponderExcluirE se um aspirante a jornalista não tiver esse conjunto de qualidades ou dons pessoais que você lista (ser curioso, gostar muito de ler e de correr atrás das notícias - ainda que ele não saiba muito bem por que uma coisa é notícia e outra não, além do que o "chefe" manda cobrir), ele sempre poderá optar por se tornar cozinheiro. Informo que a decisão de ontem não incentiva explicitamente ao jovem que se forme em NENHUM curso superior. Mesmo porque jornalismo não é "conhecimento específico".
ResponderExcluirQualquer 1 pode ser jornalista. E quem diz é um jornalista. Então tá...
ResponderExcluir"o fim da exigência não impedirá que muitos jovens continuem cursando jornalismo para ingressar na profissão."
ResponderExcluirPra quê? A partir de agora cursar jornalismo é perda de tempo e dinheiro jogado fora.