A coluna Painel da Folha de S. Paulo notícia hoje, além da cascata sobre Ciro Gomes, um fato: o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou ao presidente Lula o seu nome para a disputa do governo de São Paulo. Muita gente acha que Suplicy está em decadência, quase não se reelegeu senador e coisa e tal. Só que ele teve quase 9 milhões de votos, possui uma rejeição muito pequena e é palatável ao eleitorado conservador do Estado. Tem mais: contra Geraldo Alckmin, que adora um discurso udenista básico, Suplicy conseguiria minimizar os efeitos desta estratégia, uma vez que jamais se envolveu em qualquer maracutaia na vida - o máximo que fez foi ceder bilhetes para a namorada viajar a Paris, tendo reconhecido o erro e ressarcido os cofres públicos. Em suma, poderia ser uma saída para o PT paulista, que está hoje sem candidato. Mas não será, pois não goza da confiança nem do presidente nem de mais ninguém na máquina do partido, controlada localmente por sua ex-mulher Marta Suplicy e pelo ex-deputado José Dirceu.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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