Chega a ser risível a reação dos blogueiros direitosos - Reinaldo Azevedo e o tal Coronel do Coturno Noturno à frente - em relação ao golpe de Estado em Honduras. Não adianta a OEA (comunistas?) e os EUA (bolcheviques?) condenarem a quartelada, o pessoal acha que a "democracia" foi a grande vitoriosa no país da América Central. Golpe, para essa gente, só vale se for praticado por Hugo Cháves, Evo Morales e demais governantes de esquerda do continente americano - "golpes" esses, aliás, apoiados em mudanças constitucionais legítimas e acompanhadas por observadores internacionais. Realmente, dá vontade de rir da falta de senso da ultradireita brasileira. Mas é melhor não rir, porque se depender deles, o que vale em Honduras deveria valer na América Latina toda.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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