A vaia ao presidente Lula na abertura do Pan é o assunto da vez nos blogs políticos. Um leitor escreve para dizer que a "teoria conspiratória" é uma rematada bobagem. Vamos esclarecer a questão: é óbvio que o vídeo do ensaio não prova que houve orquestração, apenas fornece um indício. O público do Maracanã na abertura dos jogos era constituído por gente que pode pagar mais de R$ 50 pelo ingresso, no mínimo, pois muitos bilhetes foram parar nas mãos de cambistas, que revenderam pelo dobro, quando não pelo triplo do preço inicial. Havia, sim, predisposição deste público para vaiar o presidente – a aprovação de Lula é de 65% no país, mas de apenas 30% entre os que ganham mais de 10 salários mínimos. Porém, há a informação de que parte dos ingressos mais baratos foram distribuídos aos funcionários da prefeitura do Rio – o que explicaria os aplausos ao alcaíde Cesar Maia. Só quem nunca foi a um jogo de futebol acha que não é possível uma minoria puxar vaia: todos os "gritos de guerra" em uma partida começam puxados pelas torcidas organizadas e são acompanhados pela maioria de "anônimos" que às mais das vezes nem conhece direito os refrões.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
Se o problema é a matemática, então vamos lá. Por que 65% de aprovação e as vaias?
ResponderExcluirSe estiveram 90 mil pessoas no Maracanã, então:
0,35 x 90 mil = 31,5 mil
Ou seja, quase 30 mil pessoas vaiando num estádio, faz um efeito danado.
No entanto, sabemos que os votos do Lula se concentram na turma do bolsa-esmola e nos milionários(principalmente banqueiros).
Bolsa-esmola tinha poucos no estádio por causa do preço dos ingressos. Milionários já são poucos. Então a maioria, muito mais que os 31,5 mil da conta, eram pessoas da classe média. E que são os que mais sofrem no Brasil lulista.
O resultado o Brasil e o mundo já sabe. Vaias. Oito vezes vaias...
Esta estória de complô do Cesar Maia não serve nem pra carochinha.
Aplaudiram o Cesar Maia? Quantos votos teve o tucano Geraldo no Rio? 30%. Lembre-se que o Cesar Maia apoiou o Geraldo.
Os 30% não lembra alguma coisa? São próximos daqueles que não apoiam o Lula nas pesquisas.
A minha opinião é que o Lula sabia de tudo isso. Tinha esperança que o espírito esportivo o aplaudiria elevando seu ego nas alturas. Esqueceu que estava num estádio. E num estádio é o juiz quem apita o início do jogo. E juiz em estádio de futebol nunca é aplaudido. É sempre vaiado...
Concordo integralmente com o Júlio Neves quanto a sua análise. Parabéns pela lucidez.
ResponderExcluirAliás, Reinaldo Azevedo faz análise semelhante em seu blog.
João Batista
Acreditar que as vaias oferecidas gratuitamente ao presidente molusco foi 'orquestrada' é acreditar em mula-sem-cabeça, saci, boitatá, duende, papai noel e no Lula. Se o Lula sabia que seria vaiado arrumava um atestado médico (em Brasília é fácil), uma indisposição e não iria a cerimônia. Assim, evitaria as vaias e ainda dividiria com o PAM a primeira página e manchetes de toda a mídia. Mais o Lula nunca sabe de nada. Tomou vaia.
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