Pular para o conteúdo principal

PHA: Alckmin chamou Roriz de "estadista"

Não dá para não reproduzir a íntegra do comentário de Paulo Henrique Amorim sobre a avaliação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) da, digamos assim, estatura política do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao mandato ontem para escapar da cassação. Está hilário e merece ser lido até o final:


“RORIZ É UM ESTADISTA”, DISSE ALCKMIN

Máximas e Mínimas 498

. A mídia conservadora (e golpista) se esquece que Renan Calheiros, o novo Belzebu, foi ministro da Justiça de FHC.
(Clique aqui para ler o interessante dialogo que travei com um nordestino sobre os motivos que levam a Globo a espinafrar Renan e se esquecem de FHC, o Farol de Alexandria)
. A mídia conservadora (e golpista) também se esqueceu das relações entre Geraldo (“choque de gestão”) Alckmin e Joaquim Roriz.
. O mínimo que Alckmin disse de Roriz foi que se trata de “um estadista”.
. Para ajudar os leitores, o Conversa Afiada fez uma pequena pesquisa para localizar as perolas que trocaram Roriz e Alckmin.
. Perolas de Alckmin sobre Roriz:
“Roriz é um estadista”. (O Globo – 11/09/2006)
"Precisamos de um senador com a estatura de um estadista, como o Roriz". (Jornal de Brasília – 11/09/2006)
"É um apoio extremamente importante de um governador muito bem avaliado". (Tribuna do Brasil – 30/03/2006)
"Eu era co-piloto de um grande comandante, assim como Abadia foi co-pilota de um grande comandante (Roriz)". (Estadão – 08/07/2006)
"Se dependesse de pesquisa, o governador de Brasília não teria sido três vezes o Roriz”. (Brazilian Press – 13/09/2006)
"Abadia fez um curso intensivo sobre como governar com Joaquim Roriz. Ela foi co-pilota do DF". (Jornal de Brasília – 11/09/2006)
. Pérolas de Roriz sobre Alckmin:
“Quando ele anunciou que iria disputar a Presidência do Brasil, eu disse: surgiu o meu candidato”. (JB – 11/09/2006)
“(Alckmin é) o homem certo que vai solucionar os problemas do Brasil. Com ele, não vamos passar a vergonha que estamos passando (...) Ele é um enviado de Deus (...) A presença de Geraldo Alckmin no Palácio do Planalto nos dará a certeza de que o interesse público voltará a ser respeitado”. (Correio Brasiliense – 09/07/2006)
“Se nós estivermos unidos com Alckmin, pedindo votos, quantos empregos, quantos lugares importantes nós vamos conquistar para os nossos amigos?” (Correio Brasiliense – 17/10/2006)
"Alckmin é a pessoa mais preparada para assumir o comando do país e não seria educado negar um convite para ser o vice dele". (Tribuna do Brasil – 30/03/2006)
"Alckmin é um enviado de Deus para salvar o Brasil". (Estadão – 08/07/2006)
“Comparem e digam ao seus amigos o que ele (Alckmin) é”. (O Globo – 11/09/2006)

Comentários

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe