Voltando de viagem na tarde de sábado, este blogueiro atravessava o túnel Tribunal de Justiça, em São Paulo, quando o painel luminoso que dá indicativos sobre o trânsito piscava os seguintes dizeres: "Acidente aéreo, evite região do aeroporto". Outro? Rádio ligado e a confirmação de que estava tudo calmo e não se tratava de uma nova tragédia, veio a conclusão: o prefeito Gilberto Kassab (DEM) deve andar conversando bastante com seu correligionário Cesar Maia, o maior conhecedor da psicologia das massas do país, pois não haveria ser idéia dele, Kassab, manter tão impactante anúncio por 10 dias. Ou talvez tenha sido uma dica do João Dória Júnior...
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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