A semana que começa hoje era, na prática, para ser uma semana morta no Congresso Nacional. Com o início do recesso no dia 18, quarta-feira, era natural que os parlamentares "enforcassem" a terça (a segunda-feira, como todos sabemos, já é "enforcada" em períodos normais) e só retornassem a Brasília em agosto. O presidente do Senado, porém, resolveu criar um fato político ao adiar para amanhã a reunião da Mesa Diretora em que será decidido o encaminhamento de parte das investigações contra ele mesmo, Renan Calheiros (PMDB-AL). É altamente provável que Renan sofra mais uma derrota amanhã, embora seus aliados estejam planejando mais uma manobra protelatória. O problema todo é que o presidente do Senado já não tem controle da situação e está à mercê da opinião pública, que pressiona e sensibiliza os parlamentares. A aposta de Renan agora está no chamado "efeito curativo do tempo", daí tantas manobras protelatórias. O problema todo é que a sociedade não parece disposta a esquecer tão cedo e, pelo andar da carruagem, vai continuar cobrando a saída de Calheiros pelo menos da presidência do Senado.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.