Na semana passada, alguns jornais, Folha de S. Paulo à frente, manchetaram a queda nas bolsas de valores mundo afora como o início de uma crise de gravíssimas proporções, que teria como origem a "quebradeira" do mercado imobiliário norte-americano. Nesta segunda-feira, as bolsas fecharam em forte alta e não parece haver mesmo razão para tamanho pânico. A verdade é que os jornalões a-do-ra-ri-am uma crise das fortes, apenas e tão somente para derrubar a popularidade do presidente Lula, e quem sabe ele próprio. O problema - para a mídia anti-lulista - é que o povão votou e continua acreditando no presidente porque a economia vai bem. O resto é trololó ou nhem-nhem-nhem, como diriam José Serra ou Fernando Henrique Cardoso. Enquanto a tal crise não vem, os jornalões vão ficar chupando o dedo ao lado de Diogo Mainardi, aquele colunista obscuro que nesta semana sentenciou que um dia Lula vai morrer...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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