A vaia ao presidente Lula na abertura do Pan é o assunto da vez nos blogs políticos. Um leitor escreve para dizer que a "teoria conspiratória" é uma rematada bobagem. Vamos esclarecer a questão: é óbvio que o vídeo do ensaio não prova que houve orquestração, apenas fornece um indício. O público do Maracanã na abertura dos jogos era constituído por gente que pode pagar mais de R$ 50 pelo ingresso, no mínimo, pois muitos bilhetes foram parar nas mãos de cambistas, que revenderam pelo dobro, quando não pelo triplo do preço inicial. Havia, sim, predisposição deste público para vaiar o presidente – a aprovação de Lula é de 65% no país, mas de apenas 30% entre os que ganham mais de 10 salários mínimos. Porém, há a informação de que parte dos ingressos mais baratos foram distribuídos aos funcionários da prefeitura do Rio – o que explicaria os aplausos ao alcaíde Cesar Maia. Só quem nunca foi a um jogo de futebol acha que não é possível uma minoria puxar vaia: todos os "gritos de guerra" em uma partida começam puxados pelas torcidas organizadas e são acompanhados pela maioria de "anônimos" que às mais das vezes nem conhece direito os refrões.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Se o problema é a matemática, então vamos lá. Por que 65% de aprovação e as vaias?
ResponderExcluirSe estiveram 90 mil pessoas no Maracanã, então:
0,35 x 90 mil = 31,5 mil
Ou seja, quase 30 mil pessoas vaiando num estádio, faz um efeito danado.
No entanto, sabemos que os votos do Lula se concentram na turma do bolsa-esmola e nos milionários(principalmente banqueiros).
Bolsa-esmola tinha poucos no estádio por causa do preço dos ingressos. Milionários já são poucos. Então a maioria, muito mais que os 31,5 mil da conta, eram pessoas da classe média. E que são os que mais sofrem no Brasil lulista.
O resultado o Brasil e o mundo já sabe. Vaias. Oito vezes vaias...
Esta estória de complô do Cesar Maia não serve nem pra carochinha.
Aplaudiram o Cesar Maia? Quantos votos teve o tucano Geraldo no Rio? 30%. Lembre-se que o Cesar Maia apoiou o Geraldo.
Os 30% não lembra alguma coisa? São próximos daqueles que não apoiam o Lula nas pesquisas.
A minha opinião é que o Lula sabia de tudo isso. Tinha esperança que o espírito esportivo o aplaudiria elevando seu ego nas alturas. Esqueceu que estava num estádio. E num estádio é o juiz quem apita o início do jogo. E juiz em estádio de futebol nunca é aplaudido. É sempre vaiado...
Concordo integralmente com o Júlio Neves quanto a sua análise. Parabéns pela lucidez.
ResponderExcluirAliás, Reinaldo Azevedo faz análise semelhante em seu blog.
João Batista
Acreditar que as vaias oferecidas gratuitamente ao presidente molusco foi 'orquestrada' é acreditar em mula-sem-cabeça, saci, boitatá, duende, papai noel e no Lula. Se o Lula sabia que seria vaiado arrumava um atestado médico (em Brasília é fácil), uma indisposição e não iria a cerimônia. Assim, evitaria as vaias e ainda dividiria com o PAM a primeira página e manchetes de toda a mídia. Mais o Lula nunca sabe de nada. Tomou vaia.
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