Lula não gostou da vaia que tomou no Maracanã. Claro, ninguém gosta de ser vaiado, mas o interessante é que o presidente usou o seu programa de rádio desta segunda-feira para passar a sua posição sobre o assunto. Evidentemente, a fala presidencial deve ter sido combinada, testada e ensaiada com os marqueteiros que cuidam da imagem de Lula. O reconhecimento de que ficou aborrecido com as vaias visa passar uma imagem "humana" do presidente da República. Em termos técnicos, o que Lula fez ao falar sobre o tema de forma tão direta foi tentar minimizar os danos da vaia à sua imagem. Se vai funcionar, o tempo dirá.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
lula pipocou...deveria ter falado mesmo com as vaias!!
ResponderExcluirClasse Média... R.I.P.