Uma análise do material que foi publicado neste final de semana nos jornais e revistas mostra que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de certa forma passou incólume no noticiário, embora algumas matérias tenham tratado do seu caso. É que não houve fatos novos, e todo escândalo é movido a fatos novos. No caso de Joaquim Roriz (PMDB-DF), a revista Veja explicou como teria sido feita a partilha dos tais R$ 2,2 milhões sacados do Banco de Brasília (BRB) e a finalidade do recurso (pagar propinas para juízes). Como sempre, não dá para levar Veja totalmente a sério, mas independentemente da versão ser falsa ou verdadeira, é mais uma história para Roriz explicar. Até agora, vamos ser francos, ele não explicou coisa alguma, apenas apresentou uma história que nem uma criança de 5 anos engole.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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