Muitos analistas, no calor da hora, têm escrito que o acidente com o Airbus da TAM em Congonhas é um fato político de conseqüências demolidoras para o governo Lula, que sairia arranhado do episódio ainda que a culpa pelo acidente seja da própria companhia aérea ou mesmo do piloto. Este blog não tem dúvidas de que uma tragédia deste porte afeta, sim, a popularidade do governo, mas avalia que as afirmações dos afoitos jornalistas e cientistas políticos não passam de chute. É possível que Congonhas vire um assunto das eleições municipais de 2008, mas nem isto é líquido e certo. A pauta de 2010 só Deus sabe qual será e se a crise aérea tiver sido solucionada até lá, é provável que ninguém toque no assunto. A mídia alinhada aos tucanos anda um tanto eufórica, mais até do que os líderes desses partidos. É do jogo, mas o resultado deste tipo de "campanha" pode ser o mesmo do gesto infeliz do assessor Marco Aurélio Garcia: se não tiverem cuidado, o feitiço vira contra o feiticeiro, pois o povo não é bobo e sabe distinguir a orquestração da imprensa contra o governante de plantão de um noticiário isento e correto.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
Luiz, mais uma vez com razão... embora não seja exatamente um simpatizante do nosso presidente, não dá para sair dando tiros em direção ao Planalto toda vez que acontece uma calamidade. Vamos por partes!
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