Em mais uma colaboração para este blog, Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia, comenta o assunto da hora: as vais recebidas pelo presidente no Maracanã. A seguir, a íntegra do comentário de Rodini:
O presidente Lula experimentou, na sexta-feira, 13, durante a abertura dos Jogos Pan-Americanos, o sabor amargo da classe-média carioca. Num Maracanã lotado, Lula foi vaiado de maneira sistemática e sintomática. Impedido de declarar oficialmente aberto o Pan 2007, sentiu-se desprestigiado pelo povo presente. Dizem que aquele não é seu povo, que aquele mundaréu de gente orquestrou a vaia que o constrangeu.
Parece que Lula, pela primeira vez em seus mandatos presidenciais, sentiu-se deslocado. Homens, mulheres, adolescentes, crianças, brasileiros ou não, ousaram expressar seu descontentamento com os escândalos, com os apagões aéreos, com os assuntos bovinos, com a corrupção escancarada e com a falta de ética dos políticos em geral.
Este povo não recebe Bolsa-Família, portanto não deve nada a Lula. Lula, sim, é que deve a eles. Esta classe média, que os assessores petistas teimam em desqualificar, votou expressivamente no presidente. E deram um aviso que pode ser propagador: "O Brasil precisa de nós, a classe-média. Tem que incluir os do andar de baixo, mas não se esquecer da gente."
Lula queixou-se da vaia. É natural, humano e previsível. O petista, até agora, está vivendo em lua-de-mel com o povo brasileiro. Quando disse que não sabia de nada, foi absolvido. Quando se escora na economia, nos projetos assistencialistas, na fala fácil, é idolatrado. Mas quando pretendeu falar a uma parte expressiva dos seus liderados, foi vaiado.
Lula reina em águas mansas, pelas pesquisa divulgadas. Soube, como ninguém, vender seus atos e decisões. Mas, que azar, na sexta-feira 13, o presidente teve sua segunda grande decepção no Maracanã. Nós, brasileiros, até hoje sofremos por aquele dia fatídico na decisão do Mundial de 1950 contra o Uruguai, neste mesmo estádio. Ainda hoje, procuramos o culpado e acusamos Barbosa, grande goleiro daquela tragédia.
Acho que Lula não vai demorar tanto tempo para esquecer sua segunda grande decepção. É só entender o recado das arquibancadas.
O presidente Lula experimentou, na sexta-feira, 13, durante a abertura dos Jogos Pan-Americanos, o sabor amargo da classe-média carioca. Num Maracanã lotado, Lula foi vaiado de maneira sistemática e sintomática. Impedido de declarar oficialmente aberto o Pan 2007, sentiu-se desprestigiado pelo povo presente. Dizem que aquele não é seu povo, que aquele mundaréu de gente orquestrou a vaia que o constrangeu.
Parece que Lula, pela primeira vez em seus mandatos presidenciais, sentiu-se deslocado. Homens, mulheres, adolescentes, crianças, brasileiros ou não, ousaram expressar seu descontentamento com os escândalos, com os apagões aéreos, com os assuntos bovinos, com a corrupção escancarada e com a falta de ética dos políticos em geral.
Este povo não recebe Bolsa-Família, portanto não deve nada a Lula. Lula, sim, é que deve a eles. Esta classe média, que os assessores petistas teimam em desqualificar, votou expressivamente no presidente. E deram um aviso que pode ser propagador: "O Brasil precisa de nós, a classe-média. Tem que incluir os do andar de baixo, mas não se esquecer da gente."
Lula queixou-se da vaia. É natural, humano e previsível. O petista, até agora, está vivendo em lua-de-mel com o povo brasileiro. Quando disse que não sabia de nada, foi absolvido. Quando se escora na economia, nos projetos assistencialistas, na fala fácil, é idolatrado. Mas quando pretendeu falar a uma parte expressiva dos seus liderados, foi vaiado.
Lula reina em águas mansas, pelas pesquisa divulgadas. Soube, como ninguém, vender seus atos e decisões. Mas, que azar, na sexta-feira 13, o presidente teve sua segunda grande decepção no Maracanã. Nós, brasileiros, até hoje sofremos por aquele dia fatídico na decisão do Mundial de 1950 contra o Uruguai, neste mesmo estádio. Ainda hoje, procuramos o culpado e acusamos Barbosa, grande goleiro daquela tragédia.
Acho que Lula não vai demorar tanto tempo para esquecer sua segunda grande decepção. É só entender o recado das arquibancadas.
Bom o comentário do Rodini. Lúcido.
ResponderExcluirEntrelinhas, se eu fosse você apagava o post "Vaias foi mesmo ensaiada". Antes que alguém ache que conspirador é o seu blog.