José Serra (PSDB) levou 4 dias para aparecer em público quando abriu a cratera na obra da linha 4 do Metrô de São Paulo, que matou nova pessoas. Naquele caso, não havia dúvidas: a responsabilidade era do governo de São Paulo. Ontem, Serra levou menos de duas horas para aparecer nas telinhas tentando culpar o governo federal pelo acidente com o avião da TAM. As primeiras informações, no entanto, não autorizam conclusão tão precipitada. Pode perfeitamente ser que a condição da pista nada tenha a ver com o desastre. E, ainda que tenha algo a ver, Serra devia pensar primeiro em prestar assistência às vítimas do acidente para só depois em lucrar politicamente com a tragédia. É uma questão de solidariedade humana, apenas, mas este não parece ser um sentimento muito presente nos atos do governador, conforme já atestava a sua inexplicável ausência no acidente do Metrô.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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