José Serra (PSDB) levou 4 dias para aparecer em público quando abriu a cratera na obra da linha 4 do Metrô de São Paulo, que matou nova pessoas. Naquele caso, não havia dúvidas: a responsabilidade era do governo de São Paulo. Ontem, Serra levou menos de duas horas para aparecer nas telinhas tentando culpar o governo federal pelo acidente com o avião da TAM. As primeiras informações, no entanto, não autorizam conclusão tão precipitada. Pode perfeitamente ser que a condição da pista nada tenha a ver com o desastre. E, ainda que tenha algo a ver, Serra devia pensar primeiro em prestar assistência às vítimas do acidente para só depois em lucrar politicamente com a tragédia. É uma questão de solidariedade humana, apenas, mas este não parece ser um sentimento muito presente nos atos do governador, conforme já atestava a sua inexplicável ausência no acidente do Metrô.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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