Leitores perguntam por que a revista Veja desta semana deu capa para um suposto furo (na verdade, já tinha saído nos jornais diários) sobre o acidente com o Airbus da TAM, apontando um erro do comandante da aeronave como causa principal do desastre? Este blog não tem informação suficiente para uma resposta categórica, mas há uma boa hipótese para tão inusitado acontecimento – a revista poupar o presidente. Veja tem dois interesses fundamentais hoje em dia: desmoralizar Lula e garantir a sua própria $obrevivência. Se puder juntar as duas coisas em uma matéria só, tanto melhor. Às vezes, porém, é preciso optar. A versão do manete deixado em posição errada pelo piloto é boa para a TAM e excelente para a fabricante Airbus. Essa gente tem um punhado de recursos, como se sabe.
Ora, podem perguntar os leitores mais atentos, então por que Veja não comprou a versão de que a pista é a grande culpada, uma vez que neste caso a TAM e a Airbus também ficariam de cara limpa? Em primeiro lugar, porque o governador de São Paulo não estava gostando muito dessa história de execrar Congonhas – o fechamento do aeroporto em última análise implicaria em uma realocação bem radical das linhas e vôos, descentralizando o sistema aéreo. Descentralização, como se sabe, é palavra que não consta do vocabulário de José Serra. Do ponto de vista da TAM, Congonhas é uma verdadeira árvore de fazer dinheiro e isto poderia mudar se o aerporto viesse a ser fechado ou tivesse uma redução ainda mais drástica no número de vôos do que foi anunciado ontem, segunda-feira, pelo ministro Nelson Jobim.
Pois resta provado que para entender certas contradições da grande imprensa, é preciso mesmo ler nas entrelinhas... A munição de Veja contra Lula ficou guardada para a próxima edição, salvo, é claro outra ocorrência que afete tão diretamente os grandes amigo$ da revista.
Ora, podem perguntar os leitores mais atentos, então por que Veja não comprou a versão de que a pista é a grande culpada, uma vez que neste caso a TAM e a Airbus também ficariam de cara limpa? Em primeiro lugar, porque o governador de São Paulo não estava gostando muito dessa história de execrar Congonhas – o fechamento do aeroporto em última análise implicaria em uma realocação bem radical das linhas e vôos, descentralizando o sistema aéreo. Descentralização, como se sabe, é palavra que não consta do vocabulário de José Serra. Do ponto de vista da TAM, Congonhas é uma verdadeira árvore de fazer dinheiro e isto poderia mudar se o aerporto viesse a ser fechado ou tivesse uma redução ainda mais drástica no número de vôos do que foi anunciado ontem, segunda-feira, pelo ministro Nelson Jobim.
Pois resta provado que para entender certas contradições da grande imprensa, é preciso mesmo ler nas entrelinhas... A munição de Veja contra Lula ficou guardada para a próxima edição, salvo, é claro outra ocorrência que afete tão diretamente os grandes amigo$ da revista.
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