Este blog lança o desafio: quantos dias, a contar desta terça-feira, 3 de julho, vai levar para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deixar o cargo? É realmente difícil prever, mas que a situação política do senador ficou insustentável, não há mais dúvida alguma. Quem acompanha essas Entrelinhas sabe que não se está aqui duvidando da inocência de Renan – até agora não foi apresentada uma única prova de que ele tenha realmente utilizado dinheiro da Mendes Júnior para pagar a pensão de sua filha com Mônica Veloso. O problema é outro, de caráter político: Calheiros perdeu a moral para presidir o Senado. Só isto explica o espetáculo grotesco da tarde de terça-feira, quando os colegas do sempre tão afável presidente da Casa pediram, na sua frente, o seu afastamento da presidência. Para bom entendedor, meia palavra basta: os senadores, no estilo particular de suas falas empoladas, mandaram o mesmo recado que Roberto Jefferson deu ao então ministro José Dirceu de forma mais sucinta: sai, Renan, sai daí rapidinho. Este blog não consulta videntes, mas tem um palpite: Calheiros cai em menos de 30 dias.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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