O jornal Hora do Povo é muito divertido, suas manchetes chamam atenção (é esta a função dos títulos em jornalismo, não dá para oferecer algo como "Michael Jackson morre aos 50" ou coisa similar, como fez, por exemplo, a Folha de S. Paulo), e o periódico traz notícias que a grande imprensa esconde. A capa da edição reproduzida abaixo é prova viva desses bons atributos do jornal.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Hora do Povo consegue, custando 80 centavos, ser o melhor jornal do brasil.
ResponderExcluirOs tempos tão a-changing, meu irmão
Esse é o jornal.
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