Pular para o conteúdo principal

Cadê a crise que estava aqui?

Até a Míriam Leitão, quem diria, reconhece a boa noticia do dia... Do blog da colunista global:

Taxa de desemprego
As boas notícias do mercado de trabalho

Várias boas notícias no dado divulgado hoje pelo IBGE. A taxa de desemprego de junho caiu para 8,1% em relação ao 8,8% do mês de maio. E ficou estável em relação a junho o ano passado, que foi de 7,9%.
1) A primeira boa notícia é a queda em si, em mês em que sazonalmente deveria ter aumentado;
2) O primeiro semestre termina sem que a taxa de desemprego chegasse a dois dígitos, que era a previsão e o temor de vários analistas;
3) A renda real subiu 3% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Pesquisa Mensal de Emprego é calculada pelo IBGE em apenas seis cidades do país, mas que também são as maiores . A pergunta feita ao entrevistado é se ele procurou emprego no último mês. Se ele não procurou, não entra na estatística de desemprego. O economista André Urani me explicou agora há pouco que o mesmo entrevistado é visitado quatro meses seguidos, o que reduz essa distorção. Porque se ele não procurou em um mês, pode vir a procurar no outro.
— É uma espécie de painel. O mesmo pesquisado é entrevistado quatro meses seguidos, depois não é ouvido por oito meses, depois volta a ser ouvido. Isso dá ao indice o caráter de painel.
Apesar das boas notícias os especialistas mostram vários sinais de que o mercado de trabalho está fraco, não está criando os empregos que deveria. Mesmo assim, é preferível ter uma taxa de desemprego em queda do que em alta, no meio de uma crise global.

Comentários

  1. MÍRIAM LEITÃO É PORTA-VOZ DOS TÉCNICOS EM ECONOMIA LIGADOS AO PARTIDO SEM RUMO (PSDB). OS EXÍMIOS ECONOMISTAS, QUE SERVINDO AO GOVERNO FHC, LEVARAM O NOSSO PAÍS VÁRISA VEZES À BANCARROTA.

    ResponderExcluir
  2. Luiz,
    Ela já mudou de ideia. Afirmou que o desemprego caiu só porque trabalhadores desistiram de procurar emprego. Vai lá no blog dela conferir, se quiser...
    Não tem jeito. Colunista do PiG não tem jeito mesmo...

    ResponderExcluir
  3. Fake. Com certeza foi algum hacker que invadiu o blog desta triste senhora. Seria uma recaidíssima daquelas, afinal o mundo desta leitoa é de crises, juros altos, catástrofes, dolar altíssimo, tadinho do Bush, FHC and Serra: my heroes, etc.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...

Dúvida atroz

A difícil situação em que se encontra hoje o presidente da República, com 51% de avaliação negativa do governo, 54% favoráveis ao impeachment e rejeição eleitoral batendo na casa dos 60%, anima e ao mesmo tempo impõe um dilema aos que articulam candidaturas ditas de centro: bater em quem desde já, Lula ou Bolsonaro?  Há quem já tenha a resposta, como Ciro Gomes (PDT). Há também os que concordam com ele e vejam o ex-presidente como alvo preferencial. Mas há quem prefira investir prioritariamente no derretimento do atual, a ponto de tornar a hipótese de uma desistência — hoje impensável, mas compatível com o apreço presidencial pelo teatro da conturbação — em algo factível. Ao que tudo indica, só o tempo será capaz de construir um consenso. Se for possível chegar a ele, claro. Por ora, cada qual vai seguindo a sua trilha. Os dois personagens posicionados na linha de tiro devido à condição de preferidos nas pesquisas não escondem o desejo de se enfrentar sem os empecilhos de terceira,...