O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mandou cancelar os chamados atos secretos da Casa. A medida lembra um pouco a história do marido que manda queimar o colchão da cama em que flagrou a mulher com outro. O problema de fundo na crise não é propriamente este ou aquele ato secreto, mas um modus operandi que une todos os parlamentares do Congresso - da Câmara e do Senado, diga-se de passagem. O que precisa acontecer é uma regulamentação das práticas correntes no uso dos recursos públicos no poder legislativo. Não é concebível que o Senado disponha de 10 mil servidores, nem dá para aceitar que a Câmara comercialize passagens aéreas (atividade bem lucrativa, por sinal). Foi bom Sarney ter cancelado os atos secretos, é óbvio, mas tal medida não é suficiente para por um fim na crise que vive o legislativo federal.
A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue
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