Pular para o conteúdo principal

Heloísa não será candidata à presidência

O pessoal que elabora os cenários para as pesquisas eleitorais de 2010 pode anotar na caderneta: não vale nada botar o nome da vereadora Heloísa Helena na cédula a ser apresentada aos eleitores. Um militante do PSOL amigo deste blog garante que a alagoana já se decidiu pela candidatura ao Senado em 2010. Este mesmo militante informou que há uma articulação por uma candidatura com perfil "mais à esquerda" do que o de Helena. Sim, o PSOL, da mesmíssima maneira que o PT, também tem as suas correntes ou alas e sem o nome natural de Heloísa Helena, haverá uma disputa, possivelmente acirrada, pela vaga de candidato à presidência. Pode ser, porém, que a cabeça da chapa fique com o PSTU, que já concorreu no passado com o simpático José Maria de Almeida.

De qualquer forma, este blog duvida que os pesquisadores retirem Heloísa Helena das cédulas enquanto ela não disser publicamente que não é candidata. É que Helena tira votos de... Dilma Rousseff!

Comentários

  1. Eu tenho alguns amigos do PSOL. E dois deles já haviam me cantado essa pedra. Ela realmente faria mais pelo Psol no Senado que como candidata a presidência por 3 meses para depois ficar no limbo. Senadora, pode se candidatar em 2014 sem susto.

    Mas o nome preferido desses amigos é o de Milton Temer. Como não têm perspectivas de vitória mesmo sem HH valeria a pena colocar um bom orador. E o Milton é dono de uma das mais poderosas retóricas esquerdistas que se pode imaginar.

    O César Benjamin, outro nome lembrado, já avisou para tirar seu nome de fora dessa. Seria um candidato de muito conteúdo, mas ele está até sem filiação hoje.

    Mas a briga é boa;

    Heloisa Helena;
    Renan Calheiros;
    João Tenório, atual suplente no cargo;
    Ronaldo Lessa que perdeu apertado para Collor em 2006, mas pode ser candidato ao governo; o outro nome da oposição seria João Lyra.

    Tenho pra mim que ela tem mais força fora que dentro de Alagoas. Quem viver, verá.

    ResponderExcluir
  2. E se sai HH, ainda pode entrar a Marina Silva.

    O PV não desistiu de levar a senadora para o Planalto em 2010. Marina está, sem razão na minha opinião, magoada com o governo e tem menos identificação ainda com a Dilma.

    O problema é a mesma dúvida que deve atormentar HH, qual seja, perder seu posto atual, para o qual teria uma eleição razoavelmente tranquila.

    Dizem que o PV está 'aliciando' todo o PT do Acre (os irmãos Vianna inclusive). Simbolicamente seria uma saída impactante.

    Curioso é que na tramitação da MP 458, o deputado Fernando Gabeira foi mais 'conciliador' que o PT de Marina. Se ela assistir a entrevista que o Alexandre Garcia fez com Gabeira e a Kátia Abreu, e a troca de amabilidades entre eles, em seu programa na Globonews, talvez desista.

    Ele praticamente saiu dali ministro do Meio Ambiente do governo Kátia Abreu.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue...

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...