Pular para o conteúdo principal

Cansei?

Tem gente dando bola para a tal campanha da OAB e de certos baluartes da moralidade pública, como o secretário Afif Domingos (DEM-SP), intitulada "Cansei". Este blog não consulta videntes, mas tem o palpite de que a campanha fará grande sucesso no clube Harmonia e nas palestras de João Dória Jr. (a quem se aplica o velho ditado "cabeça vazia, morada do Diabo").

Enfim, 0 barulho dura uma ou duas semanas, depois passa. Até porque a agenda dos "líderes" e organizadores do movimento é muito cheia e eles logo estarão cansados do "Cansei". Nada que um bom fim de semana em Comandatuba não resolva...

Comentários

  1. Caro Luiz Antonio,

    é provável que você tenha razão. No entanto, a campanha fez-me lembrar de uma certa marcha de uma certa família com um certo deus, que em priscas eras serviu de desculpa para um certo golpe. Já circulam pelas ondas virtuais convocatórias a uma passeata para expressar a "reação dos paulistanos" e pedir o impeachment do "Lulla" no dia quatro de agosto.

    O risco de "venezuelização" da política brasileira é bem real. Cada vez mais, a nossa "oposição" se parece à venezuelana, tanto na virulência como (espero) na raiva impotente.

    ResponderExcluir
  2. Este ato da direita, deveria se chamar: CANSEI DE FICAR FORA DO PODER.

    ResponderExcluir
  3. Não ia ser legal a organização de um contra-movimento chamado "Cansei de Cansados"? Inclusive, poderia também haver uma passeata no mesmo local e horário qua a dos cansados? Assim, tudo pacífico, claro. O que acham?

    ResponderExcluir
  4. Só por precaução.
    Nunca se sabe, né?
    Mas tomara que você tenha razão.
    Acho que as atenções poderão se dissipar um pouco quando todo o conteúdo das caixas pretas estiver disponível.
    E uma dor de cabeça para o presidente formal dos golpistas: em Agosto deverá ocorrer a greve dos professores da rede estadual.

    ResponderExcluir
  5. O DNA do Cansei deixa claro a influência e/ou participação no de lideranças do PSDB e DEM. Sua retórica mostra semelhanças com a empregada pelos democratas no Congresso Nacional (qualquer dúvida, o acesso ao site do partido é interessante) e pode representar um espaço para o diálogo dos políticos de oposição com a classe média.

    Em São Paulo, realmente pode ser um hobby para animar o tempo de alguns na capital paulista. A temporada em Campos do Jordão termina e Guarujá e o litoral norte ainda vão demorar um pouco para receber o sol que tira o branco escritório de seus frequentadores.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe