O dado mais interessante da pesquisa Datafolha divulgada neste domingo sobre a disputa pela prefeitura de São Paulo no próximo ano é a chance, cada vez mais alta, de Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentar Gilberto Kassab (DEM) em um eventual segundo turno.
Explica-se: os cenários com a candidatura de Marta Suplicy são perda de tempo, uma vez que ela dificilmente será candidata. Sem Marta, o PT é quase carta fora do baralho – Mercadante e Chinaglia nitidamente não empolgam – e o jogo fica entre Alckmin e Kassab. O prefeito está em uma curva ascendente e Alckmin lidera com certa folga, inclusive nas simulações de segundo turno. Este blog duvida que qualquer dos dois venha a abrir mão da candidatura em favor do outro, de forma que a maior probabilidade é mesmo de ambos disputarem a prefeitura. Neste caso, o governador José Serra (PSDB) ficará em uma saia justíssima, uma vez que até as paredes do Palácio dos Bandeirantes sabem que ele prefere o atual prefeito a Geraldo Alckmin. Kassab foi vice de Serra e tem sido bastante leal ao governador. Serra, porém, não tem força para impor uma aliança com o atual prefeito se Alckmin bater o pé pela candidatura. E a Alckmin só resta mesmo concorrer, do contrário em 2010 o chamado efeito "recall" já estará bem prejudicado – seja para concorrer à presidência novamente ou ao governo do Estado. Em outras palavras, quatro anos fora do cenário político é muito tempo, especialmente para Alckmin, que não prima pelo carisma.
No fundo, a eleição de 2008 pode se tornar um emblema da divisão das forças que se opõem ao petismo. Democratas de um lado, tucanos divididos de outro, não há fórmula melhor para uma terceira via, que pode até ser do PT, mas não necessariamente, ganhar musculatura política e vencer o pleito, ainda que as pesquisas hoje não apontem tal força. Pode ser Erundina, Aldo Rebelo, José Eduardo Cardozo ou até mesmo um outsider do PSOL, por exemplo. Quem viver, verá...
Explica-se: os cenários com a candidatura de Marta Suplicy são perda de tempo, uma vez que ela dificilmente será candidata. Sem Marta, o PT é quase carta fora do baralho – Mercadante e Chinaglia nitidamente não empolgam – e o jogo fica entre Alckmin e Kassab. O prefeito está em uma curva ascendente e Alckmin lidera com certa folga, inclusive nas simulações de segundo turno. Este blog duvida que qualquer dos dois venha a abrir mão da candidatura em favor do outro, de forma que a maior probabilidade é mesmo de ambos disputarem a prefeitura. Neste caso, o governador José Serra (PSDB) ficará em uma saia justíssima, uma vez que até as paredes do Palácio dos Bandeirantes sabem que ele prefere o atual prefeito a Geraldo Alckmin. Kassab foi vice de Serra e tem sido bastante leal ao governador. Serra, porém, não tem força para impor uma aliança com o atual prefeito se Alckmin bater o pé pela candidatura. E a Alckmin só resta mesmo concorrer, do contrário em 2010 o chamado efeito "recall" já estará bem prejudicado – seja para concorrer à presidência novamente ou ao governo do Estado. Em outras palavras, quatro anos fora do cenário político é muito tempo, especialmente para Alckmin, que não prima pelo carisma.
No fundo, a eleição de 2008 pode se tornar um emblema da divisão das forças que se opõem ao petismo. Democratas de um lado, tucanos divididos de outro, não há fórmula melhor para uma terceira via, que pode até ser do PT, mas não necessariamente, ganhar musculatura política e vencer o pleito, ainda que as pesquisas hoje não apontem tal força. Pode ser Erundina, Aldo Rebelo, José Eduardo Cardozo ou até mesmo um outsider do PSOL, por exemplo. Quem viver, verá...
O PT nunca esteve fora de um segundo -turno nas eleições paulistanas. Há um eleitorado petista de 25% seja quem for candidato. Vai para o segundo-turno seguramente.
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