O que vai a seguir é o artigo do autor destas Entrelinhas para o Shopping News, encarte que circula com o DCI às sextas-feiras. Desta vez, com um assunto bem quente...
A divulgação de mais uma pesquisa Datafolha mostrando a altíssima popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar da chamada “crise aérea” e de tantas outras mazelas que a imprensa não cansa de denunciar, foi um verdadeiro balde de água fria nos afoitos oposicionistas, que em privado faziam brindes ao acidente da TAM, aparecendo em público com caras compungidas para comentar a tragédia.
De fato, a pesquisa revela que Lula continua muito popular, especialmente entre os pobres, mas não apenas entre eles. A taxa de rejeição ao governo é de 15% no andar de baixo, um percentual realmente ínfimo, e de 30% entre os ricos. Sim, é o dobro, mas 30% ainda é um percentual relativamente baixo para níveis brasileiros. Só para comparar, a rejeição ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) chegou a 56% e flutuou quase sempre acima dos 30% ao longo dos 8 anos de mandato do ex-presidente.
Mesmo entre os ricos, portanto, Lula tem uma taxa de rejeição menor do que a de Cardoso. A pesquisa não dá grande margem à interpretação diferente: os pobres (e também os muito ricos) estão gostando do governo porque a economia segue crescendo, depois de uma década em que apenas em alguns anos houve o chamado “vôo de galinha”, com crescimento por período curto, logo voltando à estagnação.
Se a comparação econômica é o grande trunfo de Lula, o perigo mora justamente em uma mudança abrupta no cenário internacional, que vem sendo estupendamente favorável ao Brasil. Ontem, mais uma vez, o mercado financeiro viveu um dia nervoso, com a bolsa de valores operando com alta volatilidade. O nervosismo é fruto do comportamento da economia dos EUA, mais precisamente do complicado sistema de crédito imobiliário local. Para simplificar a coisa, digamos que está todo mundo apreensivo com uma possível quebradeira e efeito cascata a partir de títulos com alta inadimplência que se tornaram um negócio para investidores para lá de alavancados. Se for só um soluço, coisa localizada, a vida segue e a oposição no Brasil terá dias difíceis. Se não for, a economia americana decidirá a eleição de 2010. A ver.
A divulgação de mais uma pesquisa Datafolha mostrando a altíssima popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar da chamada “crise aérea” e de tantas outras mazelas que a imprensa não cansa de denunciar, foi um verdadeiro balde de água fria nos afoitos oposicionistas, que em privado faziam brindes ao acidente da TAM, aparecendo em público com caras compungidas para comentar a tragédia.
De fato, a pesquisa revela que Lula continua muito popular, especialmente entre os pobres, mas não apenas entre eles. A taxa de rejeição ao governo é de 15% no andar de baixo, um percentual realmente ínfimo, e de 30% entre os ricos. Sim, é o dobro, mas 30% ainda é um percentual relativamente baixo para níveis brasileiros. Só para comparar, a rejeição ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) chegou a 56% e flutuou quase sempre acima dos 30% ao longo dos 8 anos de mandato do ex-presidente.
Mesmo entre os ricos, portanto, Lula tem uma taxa de rejeição menor do que a de Cardoso. A pesquisa não dá grande margem à interpretação diferente: os pobres (e também os muito ricos) estão gostando do governo porque a economia segue crescendo, depois de uma década em que apenas em alguns anos houve o chamado “vôo de galinha”, com crescimento por período curto, logo voltando à estagnação.
Se a comparação econômica é o grande trunfo de Lula, o perigo mora justamente em uma mudança abrupta no cenário internacional, que vem sendo estupendamente favorável ao Brasil. Ontem, mais uma vez, o mercado financeiro viveu um dia nervoso, com a bolsa de valores operando com alta volatilidade. O nervosismo é fruto do comportamento da economia dos EUA, mais precisamente do complicado sistema de crédito imobiliário local. Para simplificar a coisa, digamos que está todo mundo apreensivo com uma possível quebradeira e efeito cascata a partir de títulos com alta inadimplência que se tornaram um negócio para investidores para lá de alavancados. Se for só um soluço, coisa localizada, a vida segue e a oposição no Brasil terá dias difíceis. Se não for, a economia americana decidirá a eleição de 2010. A ver.
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