Não deixa de ser interessante ler as explicações do tucano Gustavo Fruet, deputado federal pelo Paraná, sobre a altíssima popularidade de Lula, publicada no Terra Magazine. Ao final, fica claro: o PSDB torce pela piora da crise, pois só assim seus integrantes avaliam que a aprovação a Lula poderá cair. E não se trata de nenhuma interpretação, o "quanto pior, melhor" está na boca de Fruet...
Para Gustavo Fruet, popularidade de Lula se deve também a ausência de oposição no Congresso
Marcela Rocha
Especial para Terra Magazine
Divulgada nesta terça-feira, 3, a avaliação do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu, em janeiro, níveis recordes na história da pesquisa CNT/Sensus, fundada em 28 de janeiro de 1954.
Para o deputado da oposição Gustavo Fruet (PSDB-PR), a popularidade a 84% se deve à ausência de uma oposição consistente, "o Congresso é do governo", enfatiza.
Fruet analisa:
- Deve-se também ao aumento da estabilidade econômica em comparação com governos anteriores e aos programas sociais desenvolvidos, que trouxeram melhoria de vida a uma parcela significativa da população.
A aprovação ao presidente Lula passou de 80,3%, em dezembro, para 84% em janeiro. A desaprovação ao presidente diminuiu de 15,2% para 12,2%.
"Não existe uma crise instalada no governo, e isto é um fator importante", ressalta o deputado antes de salientar que "esse governo conseguiu dissociar qualquer responsabilidade do Lula sobre ela".
Fruet afirma que o presidente soube usar "muito melhor que o FHC" os instrumentos de poder e isto faz com que "os movimentos sociais não contestem tanto" e completa: "É mais provável saírem em defesa do governo".
Um outro fator que o peessedebista leva em conta é a habilidade do governo em trabalhar com a comunicação: "É raro aparecerem críticas na mídia diretamente ao presidente da República".
Acredita também que "o setor financeiro que poderia reagir contra o governo está hoje em uma situação muito confortável". Sobre isto, Terra Magazine pergunta:
- O aumento de desemprego no Brasil e os demais efeitos da crise financeira mundial não deveriam abalar a popularidade do presidente?
- A popularidade é alta, mas com o tempo os efeitos da crise se farão mais visíveis. Por enquanto o governo vem tomando uma vacina para se dissociar de qualquer responsabilidade da crise econômica. Dizem que 'o mundo está assim, são as circusntâncias'.
Gustavo Fruet analisa que, para a oposição, é um erro apostar na crise enquanto projeto eleitoral. "Quanto pior, pior é para todos". E explica seu posicionamento:
- A eleição não pode ser baseada no discurso da catástrofe, o PT cresceu muito em função disto. O que é preciso fazer é mostrar gestão eficiente. Enquanto as pesquisas mostram a popularidade do Lula, mostram também a popularidade do governador José Serra. Por isso que digo: não adianta apostar no quanto pior, melhor.
A intenção de votos em Serra recuou de 46,5% para 42,8% de dezembro para janeiro. Mas ainda assim, o governador de São Paulo lidera a pesquisa de intenção de votos para a eleição de 2010. Em segundo lugar, Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil, com 13,5% em janeiro.
Para Gustavo Fruet, popularidade de Lula se deve também a ausência de oposição no Congresso
Marcela Rocha
Especial para Terra Magazine
Divulgada nesta terça-feira, 3, a avaliação do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu, em janeiro, níveis recordes na história da pesquisa CNT/Sensus, fundada em 28 de janeiro de 1954.
Para o deputado da oposição Gustavo Fruet (PSDB-PR), a popularidade a 84% se deve à ausência de uma oposição consistente, "o Congresso é do governo", enfatiza.
Fruet analisa:
- Deve-se também ao aumento da estabilidade econômica em comparação com governos anteriores e aos programas sociais desenvolvidos, que trouxeram melhoria de vida a uma parcela significativa da população.
A aprovação ao presidente Lula passou de 80,3%, em dezembro, para 84% em janeiro. A desaprovação ao presidente diminuiu de 15,2% para 12,2%.
"Não existe uma crise instalada no governo, e isto é um fator importante", ressalta o deputado antes de salientar que "esse governo conseguiu dissociar qualquer responsabilidade do Lula sobre ela".
Fruet afirma que o presidente soube usar "muito melhor que o FHC" os instrumentos de poder e isto faz com que "os movimentos sociais não contestem tanto" e completa: "É mais provável saírem em defesa do governo".
Um outro fator que o peessedebista leva em conta é a habilidade do governo em trabalhar com a comunicação: "É raro aparecerem críticas na mídia diretamente ao presidente da República".
Acredita também que "o setor financeiro que poderia reagir contra o governo está hoje em uma situação muito confortável". Sobre isto, Terra Magazine pergunta:
- O aumento de desemprego no Brasil e os demais efeitos da crise financeira mundial não deveriam abalar a popularidade do presidente?
- A popularidade é alta, mas com o tempo os efeitos da crise se farão mais visíveis. Por enquanto o governo vem tomando uma vacina para se dissociar de qualquer responsabilidade da crise econômica. Dizem que 'o mundo está assim, são as circusntâncias'.
Gustavo Fruet analisa que, para a oposição, é um erro apostar na crise enquanto projeto eleitoral. "Quanto pior, pior é para todos". E explica seu posicionamento:
- A eleição não pode ser baseada no discurso da catástrofe, o PT cresceu muito em função disto. O que é preciso fazer é mostrar gestão eficiente. Enquanto as pesquisas mostram a popularidade do Lula, mostram também a popularidade do governador José Serra. Por isso que digo: não adianta apostar no quanto pior, melhor.
A intenção de votos em Serra recuou de 46,5% para 42,8% de dezembro para janeiro. Mas ainda assim, o governador de São Paulo lidera a pesquisa de intenção de votos para a eleição de 2010. Em segundo lugar, Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil, com 13,5% em janeiro.
Há uma distorção lamentável na análise do texto da entrevista, ao início da postagem. Lendo a sequência, vê-se que, ao contrário do comentário do jornalista, o Deputado Fruet tece uma argumentação fria da situação, sóbria dos sucessos governamentais e extremamente cuidadosa e isenta de como deve agir a oposição na futura campanha presidencial. Não partilho de nenhum partido político e, por isso mesmo, sinto-me à vontade para identificar esse desvio, pois, ao ver a chamada do tema, preocupei-me na sua leitura e não identifiquei o fio condutor do argumento enunciado. Houve, pois, uma tentativa de desvirtuar um depoimento engrandecedor da situação político-econômica vivida pelo Brasil.
ResponderExcluirLuiz, desculpe-me, mas vou com o comentarista anti: é exatamente o contrário do que você afirma. E ele diz "quanto pior, PIOR para todos".
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