Um bom comentário do jornalista Luciano Martins Costa no Observatório da Imprensa que de certa forma corrobora o que vem sendo publicado neste blog. Na íntegra para os leitores do Entrelinhas.
Apesar de ainda dar maior destaque a alguns números negativos que brotam do desempenho da economia nas estatísticas de dezembro e janeiro, a imprensa brasileira começa a abandonar o tom de apocalipse que marcou a cobertura da crise financeira nas últimas semanas.
Alguns analistas conservadores admitem que estamos saindo do fundo do poço. Outros, como o professor Stephen Kanitz, colunista da revista Veja, entendem que o Brasil nem chegou a entrar em crise. Consultoria citada pela Folha de S.Paulo publica um estudo de perspectivas econômicas apostando que o Produto Interno Bruto do Brasil voltará a crescer ainda neste trimestre.
Para os especialistas, de modo geral, o Brasil não chegou a entrar em recessão. Para alguns deles, os números indicam que a economia brasileira sofreu dificuldades pontuais, que não devem persistir por um trimestre inteiro.
Para ser considerado tecnicamente como recessão, o recuo na atividade econômica precisa produzir a redução do PIB por dois trimestres consecutivos.
Outra edição
Os indicadores positivos que já aparecem, referentes a janeiro, como a recuperação da indústria automobilística e a volta de investimentos, apontam para a interrupção da espiral negativa. Além disso, conforme observa a Folha em sua coluna "Mercado Aberto", cresce a confiança do consumidor, o crédito foi retomado e a indústria paulista registra a volta das encomendas.
O Estado de S.Paulo publica reportagem informando que, após três meses consecutivos de queda, a produção da indústria paulista deve registrar uma elevação de 5,7% em janeiro. Embora o número positivo – assim como os indicadores negativos de dezembro – não possa induzir a conclusões sobre o estado geral da economia, esse dado entra como uma cunha na tendência pessimista do noticiário.
Além disso, um estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito a pedido da associação das indústrias de construção civil, prevê a criação de meio milhão de empregos e o crescimento da massa salarial em apenas um ano.
Observe o leitor que todas essas informações foram apanhadas nas edições de quinta-feira (12/2) dos jornais. Se fossem editadas dessa forma, na ordem e com o destaque que foram apresentadas aqui, qual seria sua conclusão?
Apesar de ainda dar maior destaque a alguns números negativos que brotam do desempenho da economia nas estatísticas de dezembro e janeiro, a imprensa brasileira começa a abandonar o tom de apocalipse que marcou a cobertura da crise financeira nas últimas semanas.
Alguns analistas conservadores admitem que estamos saindo do fundo do poço. Outros, como o professor Stephen Kanitz, colunista da revista Veja, entendem que o Brasil nem chegou a entrar em crise. Consultoria citada pela Folha de S.Paulo publica um estudo de perspectivas econômicas apostando que o Produto Interno Bruto do Brasil voltará a crescer ainda neste trimestre.
Para os especialistas, de modo geral, o Brasil não chegou a entrar em recessão. Para alguns deles, os números indicam que a economia brasileira sofreu dificuldades pontuais, que não devem persistir por um trimestre inteiro.
Para ser considerado tecnicamente como recessão, o recuo na atividade econômica precisa produzir a redução do PIB por dois trimestres consecutivos.
Outra edição
Os indicadores positivos que já aparecem, referentes a janeiro, como a recuperação da indústria automobilística e a volta de investimentos, apontam para a interrupção da espiral negativa. Além disso, conforme observa a Folha em sua coluna "Mercado Aberto", cresce a confiança do consumidor, o crédito foi retomado e a indústria paulista registra a volta das encomendas.
O Estado de S.Paulo publica reportagem informando que, após três meses consecutivos de queda, a produção da indústria paulista deve registrar uma elevação de 5,7% em janeiro. Embora o número positivo – assim como os indicadores negativos de dezembro – não possa induzir a conclusões sobre o estado geral da economia, esse dado entra como uma cunha na tendência pessimista do noticiário.
Além disso, um estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito a pedido da associação das indústrias de construção civil, prevê a criação de meio milhão de empregos e o crescimento da massa salarial em apenas um ano.
Observe o leitor que todas essas informações foram apanhadas nas edições de quinta-feira (12/2) dos jornais. Se fossem editadas dessa forma, na ordem e com o destaque que foram apresentadas aqui, qual seria sua conclusão?
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