A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira revelou, além da espantosa popularidade do presidente Lula em plena crise financeira global, alguns números interessantes sobre a sucessão presidencial de 2010. No principal cenário, que inclui a ministra Dilma Roussef (PT), o governador José Serra (PSDB) e a vereadora Heloísa Helena (PSOL), a pesquisa aferiu que Serra caiu de 46% em dezembro do ano passado para 42%, Dilma subiu de 10,4% para 13,5% e Heloísa recuou de 12,5% para 11,2%.
Há quem aposte que os candidatos serão mesmo esses, talvez na companhia de um ou dois nanicos. Supondo, porém, que Aécio Neves vença a parada e consiga a legenda do PSDB para disputar a presidência, a disputa fica mais apertada: 23% para o tucano, 16% para Dilma e 18% para Helena. Enquanto a ministra ganhou quase quatro pontos percentuais neste cenário, Heloísa caiu um ponto e Aécio perdeu 2. O instituto Sensus também pesquisou outros cenários, com Patrus Ananias, Marta Suplicy e Ciro Gomes como candidatos da base governista e os resultados podem ser conferidos aqui.
Tanto a pequena queda dos tucanos como a subida de Dilma são bastante compreensíveis em um cenário em que Lula consegue 84% de aprovação popular. Ninguém sabe ainda muito bem quem é o nome do presidente para 2010, mas a ministra Dilma Rousseff tem ocupado este espaço na mídia e isto começa a fazer algum efeito.
Imaginando um cenário em que o presidente continue com uma popularidade alta, nem precisa ser tão alta quanto a de hoje, é previsível que qualquer zé mané apoiado por ele consiga chegar facilmente aos 30%, 35% ou mesmo 40% das intenções de voto durante a campanha. Ganhar a eleição, porém, são outros quinhentos. O recall de Serra é forte, ele foi candidato à presidência e é o governador de São Paulo. Se tudo der certo, vai para a campanha vitaminado pelo menos pelo apoio do DEM e PPS, que estão fechadinhos com o PSDB, e com uma parcela do PMDB, que sempre acaba botando um pé em cada canoa.
Para vencer a eleição, portanto, o apoio de Lula pode não ser suficiente. É óbvio que se o candidato fosse o próprio presidente, não haveria hoje a mais remota possibilidade de alguém bate-lo nas urnas. Se Jesus Cristo fosse o adversário, os brasileiros iriam de Lula, porque além a alta aprovação de seu governo, o presidente tem um carisma e empatia como a massa que talvez nenhum outro político na história deste país jamais tenha tido. Só que até agora, Lula não pode concorrer e pelo que se diz, nem aventaria esta hipótese.
Assim, este blog continua apostando que a eleição de 2010 vai se decidida em 2009, pelo tamanho da crise financeira - mesmo considerando que esta pode não afetar a popularidade presidencial da maneira com a oposição desejaria. Se a crise for leve, até a pouco carismática Dilma tem grandes chances - sim, ela terá que trabalhar duro, acertar a mão no programa de televisão e costurar um bom acordo com o PMDB. Mas tem boas chances de vitória. Se, no entanto, a crise ganhar proporções realmente dramática, aí as chances da oposição aumentam porque a palavra-chave da campanha seria a mesma da de Obama: Change, mudança. Também do lado da oposição, vale o que foi dito sobre Dilma: Serra terá que suar a camisa, costurar um bom acordo com o DEM, PPS e a parcela dissidente do PMDB, além de ter de resolver as dissidências em seu próprio partido. Além disto, terá que contar com um bom marketing, até porque carismático, o governador também não é.
Tudo somado, a eleição está em aberto e quem pretende apostar as fichas em qualquer dos candidatos precisa ficar de olho mesmo é nos indicadores econômicos. É neste campo que a eleição será decidida.
Há quem aposte que os candidatos serão mesmo esses, talvez na companhia de um ou dois nanicos. Supondo, porém, que Aécio Neves vença a parada e consiga a legenda do PSDB para disputar a presidência, a disputa fica mais apertada: 23% para o tucano, 16% para Dilma e 18% para Helena. Enquanto a ministra ganhou quase quatro pontos percentuais neste cenário, Heloísa caiu um ponto e Aécio perdeu 2. O instituto Sensus também pesquisou outros cenários, com Patrus Ananias, Marta Suplicy e Ciro Gomes como candidatos da base governista e os resultados podem ser conferidos aqui.
Tanto a pequena queda dos tucanos como a subida de Dilma são bastante compreensíveis em um cenário em que Lula consegue 84% de aprovação popular. Ninguém sabe ainda muito bem quem é o nome do presidente para 2010, mas a ministra Dilma Rousseff tem ocupado este espaço na mídia e isto começa a fazer algum efeito.
Imaginando um cenário em que o presidente continue com uma popularidade alta, nem precisa ser tão alta quanto a de hoje, é previsível que qualquer zé mané apoiado por ele consiga chegar facilmente aos 30%, 35% ou mesmo 40% das intenções de voto durante a campanha. Ganhar a eleição, porém, são outros quinhentos. O recall de Serra é forte, ele foi candidato à presidência e é o governador de São Paulo. Se tudo der certo, vai para a campanha vitaminado pelo menos pelo apoio do DEM e PPS, que estão fechadinhos com o PSDB, e com uma parcela do PMDB, que sempre acaba botando um pé em cada canoa.
Para vencer a eleição, portanto, o apoio de Lula pode não ser suficiente. É óbvio que se o candidato fosse o próprio presidente, não haveria hoje a mais remota possibilidade de alguém bate-lo nas urnas. Se Jesus Cristo fosse o adversário, os brasileiros iriam de Lula, porque além a alta aprovação de seu governo, o presidente tem um carisma e empatia como a massa que talvez nenhum outro político na história deste país jamais tenha tido. Só que até agora, Lula não pode concorrer e pelo que se diz, nem aventaria esta hipótese.
Assim, este blog continua apostando que a eleição de 2010 vai se decidida em 2009, pelo tamanho da crise financeira - mesmo considerando que esta pode não afetar a popularidade presidencial da maneira com a oposição desejaria. Se a crise for leve, até a pouco carismática Dilma tem grandes chances - sim, ela terá que trabalhar duro, acertar a mão no programa de televisão e costurar um bom acordo com o PMDB. Mas tem boas chances de vitória. Se, no entanto, a crise ganhar proporções realmente dramática, aí as chances da oposição aumentam porque a palavra-chave da campanha seria a mesma da de Obama: Change, mudança. Também do lado da oposição, vale o que foi dito sobre Dilma: Serra terá que suar a camisa, costurar um bom acordo com o DEM, PPS e a parcela dissidente do PMDB, além de ter de resolver as dissidências em seu próprio partido. Além disto, terá que contar com um bom marketing, até porque carismático, o governador também não é.
Tudo somado, a eleição está em aberto e quem pretende apostar as fichas em qualquer dos candidatos precisa ficar de olho mesmo é nos indicadores econômicos. É neste campo que a eleição será decidida.
Acho que na pesquisa para a sucessão, o mais importante (na minha opinião) é a pesquisa expontânea.
ResponderExcluirNela dá pra se ver realmente quem tá forte.
Serra não tem essa bola toda não, seus números são artificiais, só ele tem uma imagem consolidada junto aos eleitores do brasil inteiro, com o estímulo do pesquisador, e diante da pouca expressão (até o momnento) de seus concorrentes, ele vence fácil....
Quanto aos 84% de Lula, acho esse número quase irreal. será que sobe mais ? duvido.