Pular para o conteúdo principal

Leitão critica Geithner, logo ele está certo

O post abaixo está no blog de Míriam Leitão, a Cassandra global às avessas (tudo que ela prevê acontece exatamente o oposto). Alguns dias atrás, por sinal, o Entrelinhas publicou um comentário mais alentado sobre a coleguinha em questão. Agora, Míriam critica "o jovem Geithner". Este blog então aposta que Timothy Geithner, o secretário do Tesouro de Obama, mandou bem...

Crise americana
Obama no dia D: ganha um ponto e pode perder outro

Neste dia D da luta contra a crise, com dois grandes eventos, o plano no Congresso e o pacote do Tesouro, o presidente Barack Obama fez um ponto e corre o risco de perder outro.

Ponto ganho: mesmo ganhando de raspão seu plano passou no Senado. Agora ele tem na mão poderosas ferramentas para lutar contra a recessão

Ponto em dúvida: o Tesouro anunciou um plano de resgate financeiro confuso, foi apresentado da forma errada, o mercado não entendeu nestes primeiros momentos os detalhes e como funcionaria os mecanismos que podem chegar a significar US$ 2 tri de gastos para evitar o colapso financeiro. Por isso reagiu mal. Geithner, o jovem Geithner, precisa se fazer entender.

Comentários

  1. A Senhora Leitão erra muito, mas talvez dessa vez ela tenha acertado, só que pelos motivos errados.

    O plano não é ruim porque foi apresentado de forma errada, como acredita a comentarista da Globo. O plano é ruim... e ponto.

    Os bancos estão falidos. A crise, lá, é de solvência e não de liquidez. Os ativos dos bancos valem menos do que os passivos.

    Os bancos ainda não foram à bancarrota por causa de manobras pela qual evitam que os valores dos ativos sejam aferidos pelo valor de mercado. Evitam vender os ativos no mercado, pois nesse caso o preço seria praticamente zero e a contabilização dessas perdas para todos os ativos similares causaria falência.

    Só que o plano causa justamente isso: força os ativos a serem vendidos no mercado. Se isso acontecer, não sobra um banco dos EUA em pé.

    A única solução viável é nacionalizar os bancos. Em bom português: ESTATIZAR.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue...

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...