O leitor quer saber o que vai pela cabeça da ultradireita brasileira? Não, o blog de Reinaldo Azevedo é muito light para esse pessoal. Olavo de Carvalho pega mais pesado, mas também não satisfaz as viúvas da ditadura militar. Para entender o pensamento ultradiretista o melhor mesmo é ir a um blog chamado Coturno Noturno, assinado por um certo Coronel, personagem que se notabilizou na área de comentários do blog do Noblat em 2006, durante a campanha eleitoral. Naquela época, Coronel parecia se dedicar 24 horas por dia à defesa da candidatura de Geraldo Alckmin, revelando um monte de pesquisas secretas que garantiam a vitória do tucano nas urnas. Claro, era pura propaganda para animar os desanimados oposicionistas, mas ele jamais desistiu. Desde novembro do ano passado, tal figura tem o seu próprio blog, onde fica bem claro o que vai pela mente dos radicais de direita. A julgar pelas duas notas abaixo, a turma está bem irritada com o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ambos tucanos. Vale a pena ler, porque o Coronel pode ser meio maluco, mas sua pena é divertida.
Medocracia tucana
Este Blog não tem coleira e nem focinheira. Até porque aqui tem perdigueiro e não pitbull. Não joguemos todas as culpas em cima de José Serra, tão faceiro lambendo petralhas no camarote do carnaval carioca, tão sumido depois das denúncias sobre os cartões do seu governo. Também tem outro que andava todo frajola subindo em palanques, com a sua patrola ética , mas que foi o instituidor dos cartões paulistas: Geraldo Alckmin. Fernando Henrique, José Serra e Geraldo Alckmin, todos sumiram e correram para debaixo da cama. É assim que tucanos vêm levando sucessivas sovas de petralhas. Não correm riscos. Não enfrentam ofensas. Não respondem críticas. São reféns da medocracia.
Palavras, nada mais que palavras?
Em janeiro último, Fernando Henrique Cardoso publicou um artigo em O Estado de São Paulo, do qual destaco dois parágrafos:
"E será, santo Deus!, que não clama aos dirigentes do país que os escândalos seguidos e a corrupção impune minam a confiança no estado e no governo e terminam por deitar ladeira abaixo as expectativas e a confiança da sociedade no futuro do país? Não poderemos aproveitar o bom momento da economia mundial e nacional para aumentar os controles nos desatinos, na roubalheira e na corrupção política?"
"Quem sabe seja otimismo de ano novo. Mas, se os responsáveis pela condução da vida pública, a começar pelo Presidente, incluindo os dirigentes da oposição, em vez de nos aferrarmos à retórica e às picuinhas, olharmos para frente sem desprezar o passado que construímos, talvez haja esperança. A iniciativa está, portanto, com os que foram eleitos para governar o país e não apenas para se vangloriarem do já feito, pois ainda há muito por fazer".
Fernando Henrique Cardoso está convidado a dar o primeiro passo, convocando Luiz Inácio Lula da Silva para, os dois, abrirem as contas dos seus governos. A iniciativa está com o ex-presidente se, efetivamente, não tiver nada a temer. Se tiver, que pare de cagar regras e vá cuidar das suas memórias, porque a biografia já foi para o ralo.
Medocracia tucana
Este Blog não tem coleira e nem focinheira. Até porque aqui tem perdigueiro e não pitbull. Não joguemos todas as culpas em cima de José Serra, tão faceiro lambendo petralhas no camarote do carnaval carioca, tão sumido depois das denúncias sobre os cartões do seu governo. Também tem outro que andava todo frajola subindo em palanques, com a sua patrola ética , mas que foi o instituidor dos cartões paulistas: Geraldo Alckmin. Fernando Henrique, José Serra e Geraldo Alckmin, todos sumiram e correram para debaixo da cama. É assim que tucanos vêm levando sucessivas sovas de petralhas. Não correm riscos. Não enfrentam ofensas. Não respondem críticas. São reféns da medocracia.
Palavras, nada mais que palavras?
Em janeiro último, Fernando Henrique Cardoso publicou um artigo em O Estado de São Paulo, do qual destaco dois parágrafos:
"E será, santo Deus!, que não clama aos dirigentes do país que os escândalos seguidos e a corrupção impune minam a confiança no estado e no governo e terminam por deitar ladeira abaixo as expectativas e a confiança da sociedade no futuro do país? Não poderemos aproveitar o bom momento da economia mundial e nacional para aumentar os controles nos desatinos, na roubalheira e na corrupção política?"
"Quem sabe seja otimismo de ano novo. Mas, se os responsáveis pela condução da vida pública, a começar pelo Presidente, incluindo os dirigentes da oposição, em vez de nos aferrarmos à retórica e às picuinhas, olharmos para frente sem desprezar o passado que construímos, talvez haja esperança. A iniciativa está, portanto, com os que foram eleitos para governar o país e não apenas para se vangloriarem do já feito, pois ainda há muito por fazer".
Fernando Henrique Cardoso está convidado a dar o primeiro passo, convocando Luiz Inácio Lula da Silva para, os dois, abrirem as contas dos seus governos. A iniciativa está com o ex-presidente se, efetivamente, não tiver nada a temer. Se tiver, que pare de cagar regras e vá cuidar das suas memórias, porque a biografia já foi para o ralo.
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