A imagem é batidíssima, mas não há outra melhor: a CPI Mista que vai investigar os gastos com cartões corporativos já nasceu com a marca do acordão, saída tradicional na política brasileira quando a encrenca é, digamos assim, suprapartidária. Está claro que o pessoal combinou direitinho: vocês não tocam no nosso líder, nós não tocamos no de vocês. Salvo acontecimento excepcional, esta CPI vai pegar três ou quatro bagrinhos, talvez dois de cada lado, propor uma série de medidas saneadoras (que jamais serão transformadas em realidade) e, o que é mais importante, servir de holofote para alguns parlamentares-candidatos nas eleições deste ano. E segue a vida...
A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue
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