Se no coração do império as coisas não andam muito bem, com a tal crise do subprime (hipotecas de alto risco) se alastrando na economia norte-americana, aqui no Brasil nada parece afetar o crescimento do país. Hoje mesmo o dólar chegou ao menor valor em 9 anos – uma prova de que os investidores estrangeiros não estão desfazendo-se de suas posições por aqui. Depois de uma certa turbulência em janeiro, o Ibovespa recuperou as perdas e já garante ganhos aos que ali apostam seus recursos. Do jeito que a coisa vai, o presidente Lula inda acorda invocado qualquer dia desses, liga para George W. Bush e diz: "Companheiro Bush, sei que vocês estão meio apertados por aí. Se precisar de qualquer coisa, é só ligar, estamos à disposição!"
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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