O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é uma jovem promessa da política brasileira. Articulado e sério, ele vem fazendo uma boa gestão e ainda tem o mérito de ter derrotado nas urnas o coronel-fundador do Tocantins, Siqueira Campos, que tratava o governo estadual como uma capitania hereditária. Em almoço com jornalistas ontem, em São Paulo, do qual o autor destas Entrelinhas participou, Miranda rasgou elogios ao presidente Lula e disse que ele seria reeleito com facilidade, se disputasse a eleição de 2010. No entanto, Marcelo Miranda não acredita que o presidente aceite as pressões petistas para tentar o terceiro mandato. Na opinião do governador, que é aliado próximo de Lula, o candidato do coração do presidente é Aécio Neves, desde, é claro, que o mineiro deixe o PSDB e ingresse no PMDB.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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