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Carlos Melo: PT pressionará por 3° mandato

O autor deste blog entrevistou, para matéria que será publicada nesta terça-feira no jornal DCI, o cientista político Carlos Melo, professor do Ibmec, a respeito da pesquisa CNT/Sensus que mostra o aumento da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governo federal. Melo atribui o crescimento da aprovação do governo e do presidente a quatro fatores: o excelente desempenho da economia brasileira, em contraste com a crise nos Estados Unidos; as políticas sociais implementadas por Lula, que segundo ele têm um efeito significativo, especialmente entre os mais pobre; o carisma e dom que o presidente possui para comunicar-se diretamente com as massas; e, por fim, a falta de medidas impopulares no período. Segundo o professor, a falta de uma agenda reformista e de medidas que pudessem provocar maiores polêmica, como uma segunda rodada de mudanças na Previdência Social, por exemplo, acabam sendo benéficas para o presidente, que não tem pontos de desgaste com a população, pelo menos não do ponto de vista das ações governamentais.

Melo acha que o caso do uso indevido dos cartões corporativos não afetou a imagem de Lula porque existe uma certa exaustão da opinião pública com este tipo de denúncia. "Existe uma banalização dos escândalos políticos", disse o professor.

Carlos Melo também analisou a pesquisa de intenção de votos e disse que a performance do presidente, que lidera a enquete espontânea com 18% das intenções de voto contra 5% do segundo colocado, o governador José Serra (PSDB), deverá cada vez mais provocar no PT o desejo de um terceiro mandato para Lula, mesmo porque os demais candidatos petistas são todos um fiasco nas simulações realizadas. O professor, porém, não acredita que Lula possa topar este tipo de manobra para manter o PT no poder. A pressão sobre ele, porém, deverá ser grande.

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