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PSOL perde mais uma bandeira: reservas
brasileiras superam a dívida externa do país

A ex-senadora Heloísa Helena, do PSOL, e os eventuais candidatos do PSTU e PCO à presidência vão ter dificuldade para fugir da pregação udenista típica da oposição de direita na eleição de 2010. Até pouco tempo atrás, a principal bandeira da ultra-esquerda era o "rompimento com o FMI". Pois o governo Lula "rompeu", sem traumas, é bom que se diga, as relações que o Brasil mantinha com o Fundo Monetário Internacional, deixando capenga a plataforma econômica de Helena e seus companheiros.

Outra bandeira cara aos partidos de ultra-esquerda era a "auditoria da dívida externa", para que os brasileiros soubessem direitinho como os malvados banqueiros do hemisfério norte estariam sugando a riqueza produzida por aqui. Este blog já alertou, tempos atrás, que a dívida externa brasileira é hoje basicamente um dívida privada, de empresas nacionais que tomam empréstimos lá fora em função dos juros mais baixos.

Hoje, porém, o Banco Central divulgou uma informação que enterra de vez o discurso ultra-esquerdista: o Brasil, na prática, já não tem dívida externa e assumiu a posição de credor no cenário internacional. Claro que ainda há empresas nacionais, inclusive estatais, com dívidas para pagar no exterior, mas o fato é que o montante que o Brasil em tem caixa, pela primeira vez na história, é suficiente para pagar tudo que é devido no estrangeiro. Para entender mais sobre o assunto, basta ler a matéria abaixo, da Agência Brasil. Este blog aguarda as reflexões do sábio Cesar Benjamin, mentor econômico de Heloísa Helena, para saber qual será a bandeira econômica da brava senadora em 2010.

Antes que acusem essas Entrelinhas de "lulismo" ou algo semelhante, cabe lembrar que já foi lançada aqui a candidatura de Roberto Requião (PMDB) como alternativa à esquerda da atual aliança que sustenta o presidente Lula. Requião tem seu trabalho no governo do Paraná para apresentar como cacife, não foge do pau, não treme diante da cara feia dos mercados financeiros e, o que é mais importante, não fala as besteiras que Heloísa Helena saí por aí repetindo, feito papagaia. Podem escrever, ninguém ouviria da boca do governador qualquer menção ao FMI, à "impagável" dívida externa brasileira e muito menos os ataques ao "governo mais corrupto da história", motes tão ao gosto de Heloísa Helena. Parece pouco, mas não agredir a inteligência dos eleitores é meio caminho andado para conquistar seus votos...
A seguir, a reportagem da Agência Brasil.

Brasil é credor externo pela primeira vez na história, revela BC

Kelly Oliveira, de Brasília - O Brasil passou a ser credor externo, fato inédito na história do país, informou hoje (21) o Banco Central. A autoridade monetária explicou que isso só foi possível com a redução da dívida externa total líquida, quando se deduzem da dívida externa bruta os ativos do país no exterior, constituídos fundamentalmente pelas reservas internacionais. Ou seja, as reservas internacionais e outros ativos são maiores do que a dívida externa.

De acordo com o Banco Central, a estimativa para o fechamento de janeiro de 2008 (que deve ser divulgado na próxima semana), é de que o montante da dívida líquida se tornará negativo em mais de US$ 4 bilhões, uma vez que o dinheiro aplicado no exterior supera o valor da dívida externa.

“Significando que, em termos líquidos, o país passou a credor externo, fato inédito em nossa história econômica”, diz o relatório Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil, divulgado pelo Banco Central. Segundo o BC, o total da dívida líquida passou de US$ 165,2 bilhões, no final de 2003, para US$ 4,3 bilhões, estimativa para o fechamento de 2007.

Para o Banco Central, os resultados no setor externo da economia brasileira nos últimos anos mostram “inquestionável fortalecimento da posição externa do país”, devido aos números da balança comercial (exportações menos importações), das transações correntes ( engloba a balança comercial, serviços e rendas e transferências unilaterais) e do ingresso recorde de divisas no país.

“Em resumo, diante de um cenário internacional caracterizado por aumento considerável na incerteza, pela volatilidade dos mercados financeiros e desaceleração da atividade econômica, a melhoria desses indicadores tende a mitigar, embora sem anular por completo, o impacto de eventos externos adversos”.

Comentários

  1. Fala Luis, tudo bem.

    notei um fato curioso em seu blog: todas os anuncios publicitarios do Google possuem a palavra Serra!!!
    veja só; Serra fita SRamos, Hotel e Spa na Serra da Mantiqueira, Serralherias, Serra do Cipo-MG, Motoboy Taboao da Serra !!

    eheheh
    o que seria ? uma conspiração do palacio dos bandeirantes junto com a empresa da califórnia para manipular os eleitores esquerdistas que visitam seu blog, e convence-los a votar no Vampirão ??

    meu deus, tenho medo desse google, proximo passo sera derrubar o lula.

    abraço

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  2. Parece mentira, mas o único candidato de esquerda que bate realmente onde tem que bater - na mídia - é o Requião, que é do PMDB. Isso, por si só, já diz muita coisa. Não vejo ninguém no PT, no PSOL, PCdoB e quetais com esta "disposição".
    Eugênio

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  3. Eu sei o que o PSOL vai, com razão, falar: que o governo simplesmente trocou a dívida externa por interna (juros muito mais altos), que em dezembro atingiu 1,4 TRILHÃO DE REAIS. Esse é o país dos especuladores...

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